O Rio de Janeiro testemunhou uma cena chocante nesta quarta-feira (29), após a operação policial mais letal da história do estado. O saldo de mortos, que o governo estadual havia inicialmente confirmado em 64, cresceu drasticamente com o recolhimento de dezenas de corpos na zona da mata, aumentando a tragédia para mais de 130 vítimas.
Durante a noite, cerca de 70 corpos foram encontrados na Serra da Misericórdia, palco dos confrontos mais intensos, e levados para a Praça São Lucas, no centro da localidade, por moradores. O local rapidamente se transformou em um velório a céu aberto, com corpos cobertos por lonas, enquanto familiares tentavam reconhecer os entes queridos.
Moradores da comunidade transportam dezenas de corpos para a Praça São Lucas
Ainda não há confirmação oficial se esses corpos estavam na contagem inicial da “Operação Contenção”, que já havia contabilizado 60 suspeitos mortos e quatro policiais. O coronel Marcelo de Menezes Nogueira, secretário da Polícia Militar, declarou que a corporação está investigando a situação. Contudo, ativistas afirmam que os corpos encontrados não estavam incluídos na contagem oficial, o que, se confirmado, quase dobraria o número total de mortos.
A pedido das famílias, os corpos foram expostos à imprensa para denunciar a brutalidade da ação policial. Ativistas classificam o episódio como o maior massacre da história do Rio de Janeiro.
A operação, que visava prender integrantes de uma facção criminosa nos complexos da Penha e do Alemão, mobilizou cerca de 2.500 policiais, resultando em 81 prisões e na apreensão de 72 fuzis. O caos se instalou, com vias bloqueadas e transporte público afetado. Em resposta, o presidente Donald Trump convocou uma reunião de emergência para discutir o grave estado de segurança no Rio.
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