Operador usou Rouanet do restauro do Jockey para bancar próprio jornal

Publicado:

A Elysium Sociedade Cultural, responsável pela gestão de R$ 29,2 milhões da Lei Rouanet para o restauro do Jockey Club de São Paulo, foi alvo de investigação por usar parte desses recursos para financiar empresas associadas ao seu coordenador, Wolney Alfredo Arruda Unes. Esse escândalo trouxe à tona como os moradores devem ficar atentos ao uso público de verbas culturais.

Entre as empresas beneficiadas estão o jornal A Redação e a Engenho & Arte Participações Eventos Ltda. Além delas, houve pagamentos para um restaurante, uma padaria e diárias em hotéis que ultrapassam os R$ 1.500. De acordo com documentos obtidos pelo Metrópoles, o jornal teve despesas como contas de luz e seguro da sede pagas com esses recursos, totalizando cerca de R$ 1 milhão.

A Redação, que conta com Wolney como sócio, foi até contratada pela Elysium para divulgar o projeto de restauro. Enquanto isso, o Jockey enfrenta sérias dificuldades financeiras e entrou com um pedido de recuperação judicial devido a dívidas de IPTU. Recentemente, a Câmara Municipal de São Paulo instaurou uma CPI para investigar possíveis irregularidades nos gastos do clube.

Benefícios e Gastos Questionáveis

Os gastos delineados na prestação de contas da Elysium mostram que, além do jornal, a empresa de Wolney, Biapó Urbanismo, e a imobiliária Sapé também foram beneficiadas. A hospitaleira Elysium e seus diretores, incluindo o irmão de Wolney, João Carlos Arruda Unes, desfrutaram de viagens e estadias em hotéis luxuosos, com gastos que incluíam jantares caros e serviços de alto padrão.

As notas fiscais revelam, por exemplo, um único jantar japonês que custou R$ 800, e almoços em restaurantes renomados de São Paulo. A Gesto Consultoria, associada ao diretor institucional da Elysium, também foi paga com R$ 10 mil para realizar acompanhamento técnico do restauro.

Relações de Família Complicam a Situação

Wolney e João também são sócios de Débora Perillo Arruda Unes na construtora Biapó, a qual foi contratada para o restauro. Débora, sobrinha dos irmãos Unes, está relacionada ao ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, que, apesar de negar envolvimento em negociações sobre o Jockey, passou a atuar a favor da revisão das dívidas do clube.

Defesas Conhecidas e Auditores

O Jockey Club se defende afirmando que todos os recursos foram auditados e que a transparência no uso do dinheiro é um compromisso. A entidade garantiu que prestou todas as informações solicitadas pelas autoridades e que as contas são claras e regidas por normas legais.

A Elysium, por sua vez, não enviou uma declaração a respeito. Enquanto isso, os moradores devem continuar atentos a como essas situações se desenrolam e o que realmente está em jogo no uso dos recursos públicos. O que você acha desse uso dos recursos da Lei Rouanet? A sua opinião é importante.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Curtas e venenosas: A bruxa tá solta para o lado do Psirico e da Dama, né?

O universo parece ter conspirado para que nosso encontro acontecesse na sexta de Dia das Bruxas. Isso me faz refletir sobre algumas figuras...

Especialista vê estratégia global em relação de Vini Jr. e Virginia

Recentemente, Virginia Fonseca tem se destacado nas redes sociais, levantando especulações sobre um potencial plano de expansão internacional. Desde que surgiram rumores sobre...

Governadores querem equiparar CV e PCC ao terrorismo e projeto de Alden pode entrar nas discussões sobre o tema

Um grupo de governadores de seis estados se reuniu nesta quinta-feira (30) no Rio de Janeiro para apoiar a operação de combate ao...