O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio significativo nesta quinta-feira, 30 de outubro, ao informar sobre a retomada dos testes de armas nucleares, comprimento de uma pausa que durava mais de três décadas. Essa decisão vem em resposta a declarações do presidente russo, Vladimir Putin, sobre novos avanços na tecnologia atômica, e é vista como uma forma de assertividade do governo americano em um cenário de crescente tensão global.
Trump usou sua rede social, Truth Social, para justificar a ação, afirmando que, devido aos programas de testes de outras nações, instruiu o Departamento de Guerra a iniciar testes em igualdade de condições. O anúncio foi feito minutos antes de um encontro crucial com o líder chinês, Xi Jinping, em Busan, na Coreia do Sul.
Essa medida sinaliza uma postura mais dura de Washington em relação a Moscou, especialmente com as negociações de paz na guerra da Ucrânia estagnadas. O vice-presidente J.D. Vance declarou que os testes são essenciais para garantir que o arsenal nuclear dos Estados Unidos esteja em pleno funcionamento.
Trump reiterou que os EUA detêm o maior estoque nuclear do mundo e que sua administração está trabalhando para atualizar e renovar as armas existentes. Ele também mencionou que a Rússia ocupa a segunda posição, enquanto a China estaria se equiparando em cinco anos, embora dados do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo contradigam essa afirmação.
O presidente não detalhou se os testes envolverão ogivas nucleares, o que violaria o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares de 1996, ou apenas sistemas de transporte. “Serão anunciados. Já temos os locais,” disse Trump enquanto estava a bordo do Air Force One.
A decisão recebeu críticas de outros países. O Irã condenou a ação como “irresponsável” e uma “ameaça à paz e à segurança internacional”. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, descreveu Trump como “um bandido armado com armas nucleares” enquanto “demoniza o programa nuclear pacífico do Irã”.
A China também se manifestou, pedindo aos Estados Unidos que respeitem a proibição global de testes atômicos e tomem medidas concretas para preservar o sistema de desarmamento nuclear. A ONU expressou preocupação e fez um apelo para que “nenhum teste nuclear seja realizado sob qualquer circunstância”.
Esse anúncio acontece após Putin divulgar resultados de testes do míssil de cruzeiro Burevestnik e do drone submarino Poseidon, ambos com capacidade para transportar cargas nucleares. No entanto, o Kremlin esclareceu que esses testes não envolveram explosões atômicas.
Apesar das tensões, Estados Unidos e Rússia ainda são signatários do tratado Novo START, que limita o número de ogivas estratégicas a 1.550 para cada país. Este acordo expira em fevereiro de 2026, e a Rússia propôs uma prorrogação de um ano, embora as inspeções mútuas estejam suspensas desde 2023.
O que você pensa sobre a decisão de Trump? Quais seriam as possíveis consequências dessa ação para a segurança global? Deixe sua opinião nos comentários.



 
                                    
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