Mercado financeiro ajusta projeção de inflação para 4,55% em 2025

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Após seis meses de descumprimento do teto do sistema de metas, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enviou uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do novo desvio nas projeções de inflação.

O Banco Central agora espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumule 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme anunciado no último ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom).

Recentemente, a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,56% para 4,55%. Essa taxa está apenas 0,05 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. No mês passado, a projeção era de 4,80%. Quando analisadas somente as 90 estimativas atualizadas nos últimos dias, a mediana caiu de 4,53% para 4,51%. Para 2026, a projeção mantém-se em 4,20%. Para 2027, a mediana oscilou de 3,82% para 3,80% e, para 2028, passou de 3,54% para 3,50%.

O Copom enfatizou que, neste cenário de incerteza, é necessária cautela na condução da política monetária. A taxa Selic segue em 15%. O comitê está atento e avaliando se manter a taxa inalterada por um período prolongado é suficiente para manter a inflação dentro da meta.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, calculada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Essa meta tem um centro de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos. Caso a inflação fique fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho.

Gabriel Galípolo informou que a expectativa é de que a taxa de inflação fique abaixo de 4,50% ao final do primeiro trimestre de 2026.

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