A paralisação do governo dos Estados Unidos está se prolongando e pode quebrar o recorde de duração nesta quarta-feira (4), atingindo 36 dias. Isso acontece devido à falta de entendimento sobre o orçamento nacional entre os republicanos do presidente Donald Trump e os democratas. O impasse já deixou cerca de 1,4 milhão de funcionários públicos sem salários, e aqueles em funções essenciais, como controladores de tráfego aéreo, continuam trabalhando sem pagamento.
Os efeitos da paralisação são visíveis em várias áreas, incluindo os programas de assistência social. Trump confirmou que a distribuição de ajuda alimentar, vital para milhões de americanos, só ocorrerá após a reabertura do governo, apesar de sua administração haver previamente indicado que benefícios parciais poderiam ser disponibilizados.
Nos aeroportos, a situação se torna crítica. O secretário de Transporte, Sean Duffy, alertou que pode haver a necessidade de fechar parcialmente o espaço aéreo por falta de pessoal. O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, expressou sua surpresa com a extensão do impasse, afirmando que ninguém esperava que a situação se arrastasse tanto.
Desde que o Congresso não conseguiu aprovar um projeto de lei para financiar departamentos e agências federais após 1º de outubro, o governo está em estado de paralisação. Os republicanos buscam apoio de cinco senadores democratas para manter os fundos até o final de novembro e discutir o orçamento complementando.
O Partido Democrata, por sua vez, se mantém unido em suas exigências, demandando que os republicanos interrompam a reforma sanitária já em andamento e reavaliem a questão a partir do zero.
Apesar da aparente falta de diálogo entre os líderes, há sinais de negociação entre deputados moderados. Um grupo bipartidário apresentou na segunda-feira uma proposta para reduzir os custos do seguro de saúde, na esperança de que a pressão de milhões de americanos afetados possa incentivar os republicanos a buscar um acordo.
Entretanto, Trump se mostra inflexível. Em uma entrevista, ele declarou que não se deixaria “extorquir” e pediu aos republicanos que utilizem uma manobra legislativa conhecida como “arma nuclear” para eliminar o limite mínimo de 60 votos no Senado, movendo-se rapidamente para aprovar políticas republicanas que estão há anos em espera.
Essa estratégia é arriscada, uma vez que o limite foi instituído pelos democratas para conter obstruções republicanas. Se for eliminado, isso pode dar margem para futuras manobras semelhantes em questões como a concessão de estado a Porto Rico ou Washington.
A proposta de Trump, no entanto, não encontrou entusiasmo entre os líderes do partido. O senador John Thune, líder da maioria, declarou que atualmente “não temos os votos”.
Esse cenário incerto e prolongado gera angústia entre os moradores, que anseiam por uma solução rápida. O que você acha dessa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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