No próximo domingo, 16 de novembro, os moradores do Chile vão às urnas para eleger o sucessor do presidente de esquerda Gabriel Boric. O país se destaca por três fatores importantes: o legado de uma ditadura controversa, a sua produção de cobre e lítio, e o crescente fluxo de imigração.
A ditadura de Augusto Pinochet marcou a história chilena de forma profunda. Em 11 de setembro de 1973, Pinochet derrubou Salvador Allende, o primeiro presidente marxista eleito democraticamente na América Latina. O período que se seguiu, de 17 anos, foi repleto de prisões, torturas e desaparecimentos, resultando em mais de 3.200 mortes, incluindo 1.162 desaparecidos.
Mesmo após a transição para a democracia, com Patricio Aylwin assumindo a presidência em 1990, a Constituição de Pinochet ainda está em vigor. Tentativas de reformá-la em 2022 e 2023 foram rejeitadas em referendos, refletindo as divisões políticas no país.
Em relação à imigração, o Chile se tornou um destino atrativo, especialmente para venezuelanos. Em 2024, a população imigrante no país atingiu 8,8%, o que representa um crescimento significativo nos últimos anos. Esse aumento é um tema central nas eleições, com muitos associando a imigração irregular ao aumento da criminalidade.
O Chile também é um gigante na produção de cobre, respondendo por cerca de 25% da oferta global, e é o segundo maior produtor de lítio. Embora o crescimento econômico tenha desacelerado, o país ainda apresenta a menor taxa de pobreza na região e busca constantes reformas sociais para melhorar a desigualdade.
Geograficamente, o Chile é único. Com uma extensão de 4.300 km de norte a sul, o país varia de desertos áridos a geleiras na Patagônia. A Ilha de Páscoa, famosa por suas estátua “moai”, é parte do território chileno desde 1888.
A literatura chilena também reflete sua história rica e complicada, com poetas renomados como Gabriela Mistral e Pablo Neruda sendo premiados com o Nobel de Literatura.
Agora, com as eleições se aproximando, a população chilena se prepara para moldar o futuro do país. O que você acha que será mais importante para o próximo governo? Compartilhe sua opinião!

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