EUA apostam em cortes de tarifas e impostos para aliviar custo de vida em 2026, diz Bessent

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que o governo está planejando medidas para diminuir o custo de vida em 2026. A proposta inclui a redução de tarifas sobre alimentos importados e cortes de impostos para os trabalhadores. Ele ressalta que a implementação de pagamentos de US$ 2 mil às famílias dependem da aprovação do Congresso. “Vamos ver. Precisamos de legislação para isso”, comentou em uma entrevista ao programa Sunday Morning Futures, da Fox News.

Essas declarações surgiram após o presidente Donald Trump divulgar cortes tarifários para carne, café, cacau e frutas. Essa mudança impacta diretamente exportadores brasileiros que já enfrentavam tarifas de 10% desde abril e uma sobretaxa adicional de 40% desde agosto. A imprensa americana relaciona essa questão com o desgaste político do governo em eleições estaduais recentes.

Trump pretende utilizar a arrecadação tarifária para financiar os cheques de US$ 2 mil, uma ideia que enfrenta críticas. O Comitê para um Orçamento Federal Responsável estima que o custo total dessa operação será de cerca de US$ 600 bilhões, cifra que dobra a arrecadação projetada para tarifas em 2025. Até setembro, os Estados Unidos arrecadaram US$ 195 bilhões em tarifas, com expectativas de cerca de US$ 300 bilhões para o ano seguinte.

Bessent rebateu as críticas sobre a proposta de cortes, afirmando que as reduções vêm sendo discutidas ao longo de meses com países da América Central e do Sul. “Não surgiu do nada. Estamos trabalhando nisso desde o primeiro dia”, afirmou. Ele também comentou sobre a expectativa de que o preço da carne moída chegue a US$ 10 por libra (aproximadamente R$ 110 o quilo) até o terceiro trimestre de 2026, citando problemas sanitários que levaram à suspensão das importações de carne bovina do México.

Em relação à inflação, Bessent destacou que o governo Trump herdou uma “inflamação terrível”, mas está vendo sinais de desaceleração. Ele acredita que os preços de energia e os juros já estão recuando. A estratégia será combinar a redução da inflação com um aumento na renda disponível dos cidadãos.

O secretário também mencionou isenções de impostos sobre gorjetas, horas extras e benefícios da Previdência Social, além da possibilidade de deduzir juros de financiamentos de carros fabricados nos Estados Unidos. “Eu esperaria que, nos dois primeiros trimestres, a curva da inflação se incline para baixo e a renda real aumente substancialmente”, completou.

Quando essas duas linhas, inflacionária e de renda, se cruzarem, espera-se que os cidadãos sintam uma melhora nas suas finanças pessoais. Agora, o debate sobre essas medidas e a sua viabilidade continua, e é importante ficar atento aos desdobramentos.

O que você acha das propostas do governo para lidar com a inflação e o custo de vida? Deixe sua opinião nos comentários!

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