Na última terça-feira, a Polícia Federal deteve o empresário Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, em Guarulhos. A prisão ocorreu enquanto ele tentava deixar o Brasil em um jato particular, e ele foi levado à Superintendência da PF em São Paulo.
A ação da PF se deu em meio a uma investigação sobre a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão, abrangendo os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e o Distrito Federal.
Banco Central decreta liquidação do Banco Master
O Banco Central também anunciou a liquidação extrajudicial do Banco Master no mesmo dia da prisão, pouco após o Grupo Fictor manifestar interesse em adquirir a instituição. Esse movimento já indicava que a negociação não avançaria. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, assinou a liquidação, que inclui a Master SA Corretora de Câmbio. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada para administrar todo o processo.
Desde setembro, a liquidação judicial do Banco Master vinha sendo discutida, especialmente após o BC negar a compra da instituição pelo Banco de Brasília (BRB). O modelo de negócios do Banco Master levantava preocupações, uma vez que a entidade emitia papéis garantidos pelo FGC e oferecia taxas de juros significativamente mais altas que a média do mercado.
Esse desdobramento finaliza um rápido processo de crescimento do Banco Master, que se baseava na captação de recursos a juros elevados e na aquisição de ativos de baixa liquidez, como empresas com dificuldades financeiras e precatórios.
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