Na quarta-feira, 19 de novembro, o Nubank se reuniu com o Sindicato dos Bancários e Financeiros de São Paulo, Osasco e Região. Durante o encontro, a direção da fintech deixou claro que não irá reverter as demissões realizadas no último dia 7, que foram efetivadas por justa causa.
O sindicato solicitou uma revisão das demissões, especialmente de funcionários que expressaram insatisfação com as mudanças no modelo de trabalho previstas para 2026. O Nubank apresentou seus argumentos, afirmando que não pretende recuar nas dispensas. Segundo a entidade sindical, o Nubank se comprometeu a analisar os casos e dará um retorno em uma próxima reunião agendada para a próxima semana.
Neiva Ribeiro, presidente do sindicato, salientou a contrariedade da entidade em relação às demissões, que consideram injustificadas. O sindicato destacou que os trabalhadores se sentem decepcionados e frustrados com a nova direção da empresa.
Após anunciar a mudança no modelo de trabalho, que vai exigir que 70% dos funcionários compareçam ao escritório duas vezes por semana a partir de julho de 2026, o Nubank demitiu 12 funcionários, provocando uma onda de descontentamento durante a apresentação da proposta.
David Vélez, CEO do Nubank, reconheceu a possibilidade de descontentamento entre os colaboradores com essa decisão, mas firmou que o formato híbrido será a nova norma a partir de 2026.
O que foi discutido na reunião
O Nubank também informou que os pedidos de prazos para adaptação ao novo modelo de trabalho podem ser feitos até 30 de janeiro de 2026, com retorno no dia 13 de fevereiro. Já as exceções devem ser solicitadas até 30 de novembro de 2025, recebendo resposta até 15 de dezembro.
O sindicato fez um alerta aos trabalhadores, orientando que denunciassem qualquer tipo de pressão relacionada ao novo regime de trabalho.
Entretanto, até a publicação deste texto, o Nubank não havia se manifestado sobre a reunião.
Próximos passos
Outras reuniões devem ser realizadas nos próximos dias, e o sindicato planeja organizar ações de mobilização com os trabalhadores, incluindo uma plenária presencial. A presidente Neiva Ribeiro reafirmou a importância da participação dos funcionários no processo de discussão.
A “plenária virtual”
O encontro com o Nubank foi precedido por uma “plenária virtual”, que contou com cerca de 300 trabalhadores, onde eles expressaram suas preocupações sobre as demissões e as mudanças no regime de trabalho.
Os funcionários, apoiados pelo sindicato, exigiram a “recontratação imediata” dos demitidos, alegando falta de diálogo por parte do Nubank quanto à mudança do modelo de trabalho.
O manifesto dos trabalhadores
No manifesto divulgado, os funcionários criticaram a falta de diálogo e justificativas para as demissões, ressaltando que mais de 90% dos colaboradores se opõem ao novo regime de trabalho. Eles apontaram que as mudanças prejudicam a cultura organizacional e a estabilidade financeira de suas famílias.
Reações internas e mais demissões
Após uma tensa reunião na qual participaram cerca de 7 mil colaboradores, do qual muitos se opuseram às mudanças, o Nubank demitiu mais dois profissionais por tentativas de sabotagem aos sistemas internos, evento também investigado pela polícia. O CTO da empresa ressaltou que não tolera qualquer tipo de desrespeito e que a segurança dos sistemas é prioridade.
Diante de tantas dificuldades, o cenário interno do Nubank se mostra conturbado, e os próximos dias serão decisivos para o desdobramento da situação. O que você pensa sobre as mudanças implementadas pelo Nubank? Vamos discutir nos comentários.

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