Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, acionou o STF para investigar a origem do ferro de solda utilizado por Jair Bolsonaro em uma tentativa de romper sua tornozeleira eletrônica.
No documento apresentado, o deputado ressalta que o ferro de solda não é um utensílio comum e pede que seja realizada uma perícia para rastrear sua procedência. Ele solicita ainda a coleta de impressões digitais e a confirmação da cadeia de custódia do item.

A representação afirma que o uso do equipamento causou “derretimento direcionado” na carcaça da tornozeleira, o que não seria resultado de um acidente ou falha técnica.
Lindbergh solicita que se identifique quem levou o ferro de solda à residência de Bolsonaro, ressaltando que a pergunta sobre a origem do equipamento ainda não tem resposta.
O documento menciona que, durante a audiência de custódia, Bolsonaro revelou que um assessor e seu irmão estavam na casa no momento do ocorrido. O pedido inclui a oitiva de ambos e a verificação de todas as visitas que ocorreram nas 72 horas anteriores. Também é requisitado acesso a imagens do condomínio e a análise de comunicações eletrônicas.
Investigação sobre Eduardo e Flávio
O pedido de ação inclui a investigação de uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro na véspera do incidente. Lindbergh afirma que, embora apresentada como um ato religioso, a vigília gerou aglomerações e resultou na agressão de um pastor, levantando suspeitas de que houve uma mobilização política para dificultar a ação das autoridades.
A peça ainda menciona uma declaração de Eduardo Bolsonaro após a prisão preventiva do pai, onde sugeriu que pessoas investigadas sobre os eventos de 8 de janeiro deveriam “fugir de uma pena injusta”. Lindbergh acredita que essas declarações podem ter relação com a tentativa de rompimento da tornozeleira.
Com isso, a representação conclui que há indícios de uma sequência de eventos que envolvem Jair, Flávio e Eduardo Bolsonaro.
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