O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou nesta quinta-feira (27) a urgentidade de um corte na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 15,0%. Durante uma coletiva de imprensa, Marinho alertou que, se essa situação continuar, a economia pode passar de um crescimento modesto para uma queda real. Ele atribuiu o baixo desempenho do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro, que registrou a criação de apenas 85.147 empregos formais, ao atual patamar da taxa de juros.
O resultado de outubro ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa a geração de 120.000 novas vagas. “É mais que urgente que o Banco Central tome medidas efetivas em relação ao monitoramento das taxas de juros, pois isso está inibindo o ritmo dos investimentos”, comentou o ministro.
Marinho mencionou que desde maio vem alertando a autoridade monetária sobre a desaceleração da economia. Ele acredita que o Banco Central precisa apresentar diretrizes claras para evitar erros que possam afetar negativamente o mercado de trabalho. “O que se espera é um crescimento consistente, e não uma situação que prejudique a geração de empregos”, disse.
O ministro também apontou que duas questões devem impulsionar a economia em 2026: o aumento real do salário mínimo e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). Entretanto, ele enfatizou que para que essas medidas sejam eficazes, o Banco Central precisa contribuir, facilitando o investimento que aumentará a capacidade produtiva do país.
“Monitorar a economia apenas por meio de juros altos não é uma abordagem inteligente. Precisamos de um plano mais equilibrado”, concluiu Marinho, esperando que especialistas ajudem o BC a encontrar soluções adequadas.
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