A Justiça Eleitoral decidiu cancelar o diploma do vereador Adriano Cardoso (PP), reeleito em 2024. Ele foi o candidato mais votado na cidade, com 2.760 votos. A sentença, divulgada nesta quinta-feira (27), torna nulos os votos recebidos por ele e determina o recálculo dos quocientes eleitoral e partidário, o que pode alterar a composição da Câmara Municipal.
Além da cassação, Adriano foi multado em 30 mil e declarado inelegível por oito anos, a partir das eleições de 2024. Essas informações foram confirmadas pelo Radar News. Em suas redes sociais, o vereador se manifestou em um vídeo, alegando que está sendo alvo de uma “per perseguição”.
De acordo com a decisão do juiz Wilson Nunes da Silva Júnior, da 203ª Zona Eleitoral de Eunápolis, a ação foi motivada por um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE). O processo reconheceu a ocorrência de abuso de poder econômico e compra de votos.
O juiz destacou que houve pagamentos sistemáticos de R$ 100,00, cadastramento de eleitores e uso de listas de controle, evidenciando uma grave violação aos princípios eleitorais. Ele mencionou que a dimensão do esquema e a forma como foi executado demonstram a seriedade da irregularidade.
Adriano Cardoso afirmou que pretende recorrer da decisão junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Ele nega as irregularidades e argumenta que as acusações são fruto de uma “perseguição política”.
“Isso é muita perseguição contra mim, é falta de amor ao próximo. Falta de amor ao nosso bom Deus. Jesus foi perseguido e morto na cruz, mas eu tenho certeza de que vamos vencer essa batalha”, defendeu o vereador.
Sem apresentar provas da suposta perseguição, ele promete não se calar. Enquanto isso, a Câmara de Vereadores de Eunápolis pode passar por reconfigurações. O atual presidente, Valdiran Marques (PSD), declarou que aguardará a notificação oficial da Justiça Eleitoral para decidir os próximos passos.
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