Candangão 2026: um ninho abandonado em pleno voo do Carcará

Publicado:

O Metrópoles traz a terceira parte da série sobre os estádios que vão receber o Candangão 2026, a partir de janeiro. Hoje, o foco está no estádio Odilon Aires, localizado no Cruzeiro, que aspira ser a casa da ARUC em sua volta à elite do futebol local após 22 anos de ausência.

Embora o estádio tenha sediado partidas de categorias amadoras, como sub-20 e feminino, ele enfrenta sérios desafios. Não possui laudos aprovados para receber jogos profissionais, o que levanta preocupações sobre sua viabilidade nos próximos torneios.

O complexo onde está localizado conta com várias instalações esportivas, mas apresenta limitações. Com apenas duas entradas, não há separação segura em caso de rivalidades entre torcidas, o que é um risco durante os jogos.

As condições da estrutura são alarmantes. As arquibancadas estão deterioradas e sem assentos, expostas a um potencial perigo para os espectadores. Além disso, a iluminação é inexistente, tornando inviáveis as partidas noturnas.

Os banheiros, uma preocupação à parte, estão em estado precário. O sanitário masculino possui um mictório antigo e os boxes foram transformados em dormitórios. No feminino, não há portas nos assentos, comprometendo a privacidade e a segurança das usuárias.

%20Metr%C3%B3poles
Banheiro feminino sem portas e masculino utilizado como dormitório

As arquibancadas revelam rachaduras preocupantes, além da ausência de camarotes para diretores e imprensa. Os profissionais de mídia têm que se acomodar entre os torcedores nas arquibancadas, o que prejudica a qualidade das transmissões.

Adicionalmente, o estádio é o único no Distrito Federal sem cabines adequadas para a mídia. Fios expostos e tomadas improvisadas evidenciam a falta de manutenção, aumentando o risco de acidentes.

A infraestrutura para emergências também é deficiente. Não há um local apropriado para ambulâncias, dificultando o acesso em situações de emergência, o que é inaceitável para um espaço que deve ser seguro para todos os frequentadores.

Os vestiários, velhos e mofados, são pequenos e apresentam goteiras. Além dos perigos elétricos evidentes, a falta de ventilação e a deterioração das estruturas comprometem a saúde e bem-estar dos atletas.

Enquanto o gramado se recupera das chuvas, suas imperfeições continuam a ser uma preocupação. A falta de nivelamento e a presença de mato alto em algumas áreas podem comprometer o desempenho dos jogadores.

Os torcedores só encontram opções de alimentação na Feira Permanente, já que o estádio não conta com bares ou quiosques fixos. Essa situação expõe um descaso evidente por parte da Federação de Futebol do Distrito Federal, que vem ignorando os problemas há anos.

O que você acha das condições do estádio Odilon Aires? Sinta-se à vontade para compartilhar sua opinião nos comentários.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Homem é morto a tiros após paredão no bairro de Santa Cruz, em Salvador

Um homem foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira, dia 10, na Rua Onze de Novembro, no bairro de Santa Cruz, em...

Guarda Municipal armada deve ser instrumento para coibir paredões em comunidades, afirma Vereador Ricardo Almeida

Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, o vereador Ricardo Almeida (DC) defendeu que a Guarda...