Ex-presidente de Honduras deixa a prisão após indulto de Trump

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Juan Orlando Hernández, ex-presidente de Honduras, deixou uma penitenciária nos Estados Unidos nesta segunda-feira, 1 de dezembro de 2025. Sua libertação ocorreu após receber um indulto do presidente Donald Trump. Condenado a 45 anos de prisão por tráfico de drogas e armas, Hernández estava detido em uma penitenciária na Virgínia Ocidental.

A esposa de Hernández, Ana Garcia, expressou sua gratidão nas redes sociais, destacando a importância do indulto presidencial. Ela declarou: “Deus é fiel e nunca falha! Após quase quatro anos de dor e dificuldades, meu marido se tornou um homem livre NOVAMENTE, graças ao indulto presidencial concedido pelo presidente Donald Trump.”

Hernández, que foi presidente entre 2014 e 2022, foi considerado culpado por três acusações relacionadas ao tráfico de drogas e armas. O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que o ex-presidente se associou a cartéis que transportaram mais de 400 toneladas de cocaína para os Estados Unidos durante seu mandato.

O indulto de Trump coincide com um momento em que o presidente americano intensifica o combate ao tráfico internacional de drogas em países latino-americanos, como Venezuela e Colômbia. Nesta terça-feira, Trump mencionou que qualquer país envolvido na produção ou venda de drogas para o mercado norte-americano pode enfrentar consequências severas.

Indulto como estratégia eleitoral em Honduras

Na semana passada, Trump anunciou o indulto como parte de uma estratégia para impulsionar a campanha do candidato conservador Tito Asfura nas recentes eleições presidenciais de Honduras. Asfura é do Partido Nacional, o mesmo de Hernández.

No último domingo, 30 de novembro, os hondurenhos foram às urnas em uma eleição acirrada, com duas opções de direita liderando. Na madrugada de terça-feira, Trump usou suas redes sociais para acusar Honduras de tentar fraudar os resultados eleitorais, prometendo “consequências terríveis.” Essa declaração veio após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) interromper temporariamente a contagem de votos devido a problemas técnicos, embora a apuração tenha sido retomada em pouco tempo.

Até a última atualização do CNE, 74,3% das urnas estavam apuradas. O candidato apoiado por Trump aparecia em segundo lugar, com 39,65% dos votos, enquanto Salvador Nasralla, do Partido Liberal, liderava. Rixi Moncada, do Partido Livre, que representa a esquerda, estava em terceiro, com 19,04% dos votos.

Asfura iniciou a apuração à frente, mas foi ultrapassado por Nasralla. A diferença entre eles era de apenas 12 mil votos. O CNE espera finalizar a contagem nesta quarta-feira, 3 de dezembro, e lembra que a eleição em Honduras não possui segundo turno, sendo necessário apenas a maioria simples de votos para vencer.

E você, o que pensa sobre essa reviravolta política em Honduras? Deixe sua opinião nos comentários.

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