‘Muita coisa boa resultará desta parceria’, diz Trump sobre Lula; veja principais pontos da conversa

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos desde janeiro de 2025, ligou para Lula na terça-feira para tratar de comércio e de sanções. A conversa foi descrita como muito produtiva e marcou o fortalecimento de um diálogo entre Brasil e EUA.

Trump contou a repórteres da Casa Branca que o encontro abordou, entre outros assuntos, o comércio e as sanções impostas ao Judiciário brasileiro por causa do caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele classificou a conversa como ótima, ressaltando que há espaço para avanços nas relações entre os dois países.

Lula afirmou, durante a conversa, a intenção de avançar rapidamente nas negociações para retirar a sobretaxa de 40% que ainda recai sobre parte das exportações brasileiras, segundo informação da Presidência. O objetivo é reduzir custos e facilitar o comércio entre as duas nações.

A Presidência também informou que o diálogo tratou de cooperação no combate ao crime organizado. Além disso, o governo destacou que, até o momento, 238 itens saíram da lista de tarifas, incluindo café, chá, frutas tropicais, cacau, especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina. Mesmo assim, cerca de 22% das exportações brasileiras para os EUA continuam sujeitas a sobretaxas, enquanto, no início da aplicação, 36% das vendas estavam sob esse regime.

No histórico da política de tarifas, os EUA passaram a elevar barreiras com base no déficit comercial. Em 2 de abril, as tarifas começaram a valer com a finalidade de equalizar condições. Em 14 de novembro, determinados produtos agrícolas foram isentados. Em 6 de agosto, entrou em vigor uma sobretaxa adicional de 40% contra o Brasil, em retaliação a ações que, segundo Washington, prejudicaram as big techs e o julgamento envolvendo Bolsonaro. A retirada de itens da lista, anunciada em 20 de novembro, consolidou um passo importante nessa linha de atuação.

Além das tarifas, a conversa tratou de temas não tarifários, incluindo itens como terras raras, questões envolvendo grandes empresas de tecnologia, energia renovável e o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center, conhecido como Redata. Esses assuntos devem permanecer na pauta de negociações entre o Brasil e os EUA.

Segundo o governo, as tratativas seguem para ampliar a retirada de itens da lista tarifária e favorecer exportações brasileiras com maior valor agregado. Embora haja alívio para o agronegócio, o governo aponta que os produtos industriais continuam sob observação, pois são mais difíceis de redirecionar para outros mercados.

Com o cenário político nos EUA e no Brasil em dinâmica de mudança, as próximas semanas devem trazer novos desdobramentos sobre como os dois lados podem manter esse diálogo e avançar em áreas-chave do comércio. E você, o que acha dessa parceria? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre os impactos dessas decisões na economia brasileira.

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