Resumo para SEO: Disputa pelo leilão de ativos da Itapemirim envolve Suzantur, Águia Branca e a administradora EXM Partners, com dúvidas sobre transparência, critérios de avaliação e condições de concessões, em meio a disputas judiciais que afetam credores e a conclusão da falência.
A disputa pelo leilão de ativos da Itapemirim ganhou novos contornos, com Suzantur e Águia Branca trocando acusações no certame que envolve as linhas remanescentes da antiga viação. A Suzantur busca participar do leilão, mas acusa a concorrente de manobra para obter titularidade definitiva sobre rotas concedidas pela ANTT. A Justiça tem mantido decisões dentro dos limites da massa falida, sob a responsabilidade da administradora judicial EXM Partners, o que alimenta a percepção de um processo pouco previsível.
Críticos, entre credores, advogados de ex-funcionários e empresas, apontam que a EXM Partners e o administrador Eduardo Scarpellini não fornecem informações suficientes sobre critérios de avaliação, evolução financeira da massa e justificativas para decisões que afetam a concorrência entre interessadas. A falta de transparência e a gestão temerária, segundo eles, alimentam a sensação de que o processo é conduzido de forma desigual e pouco previsível.
A disputa envolve também a clareza sobre ativos, concessões e titularidade operacional. Não há definição objetiva sobre quais linhas podem ser leiloadas, em que condições e se há risco de anulação futura, o que aumenta a incerteza e a desconfiança entre as participantes. A crítica dominante é que a administradora judicial não organizou os ativos com a segurança necessária antes de levá-los à disputa pública.
Segundo relatos, a Águia Branca chegou a oferecer R$ 3 milhões por mês pelo arrendamento das linhas, mas a Justiça manteve a Suzantur à frente. A Suzantur, por sua vez, é citada como uma empresa que repassa apenas cerca de R$ 200 mil mensais, sem clareza na prestação de contas — um ponto que, segundo advogados, compromete a competitividade do certame.
A controvérsia não ocorre isoladamente. Analistas destacam o peso de um passivo herdado da gestão de Sidnei Piva e as controvérsias em torno de decisões que favoreceriam determinados movimentos no processo. A insegurança jurídica em torno do leilão tende a reduzir o valor final dos ativos, prejudicando credores e dificultando o encerramento da falência.
Advogados que acompanham o caso apontam que a EXM Partners, sob Eduardo Scarpellini, não tem fornecido informações suficientes sobre critérios de avaliação de ativos, evolução financeira da massa falida e justificativas para decisões que afetam a concorrência entre as interessadas.
A ausência de clareza nas etapas do processo, associada a disputas judiciais constantes, alimenta a sensação de desorganização e favorecimento de alguns movimentos em detrimento de outros. O quadro envolve também dúvidas sobre as concessões de transporte e o risco de futuras anulações, o que pressiona o valor dos ativos em leilão.
Linha do tempo
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2016 – O fundador Camilo Cola e seus herdeiros são afastados da gestão da Viação Itapemirim, ainda em recuperação judicial.
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2016 – O mesmo juiz entrega o controle do grupo ao empresário Sidnei Piva de Jesus, que compra parte das operações e assume a presidência. Piva é acusado pelo Ministério Público de estelionato e está desaparecido.
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2016 a 2022 – Piva conduz o grupo, incluindo a criação da ITA Transportes Aéreos, autorizado pela EXM Partners. Operou por poucos meses, vendeu milhares de passagens, encerrou atividades abruptamente e deixou um rastro de prejuízos e quase 120 mil passageiros sem voos e sem reembolso.
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Setembro de 2022 – Após a decretação da falência, a administradora judicial EXM Partners assume a massa falida, sob responsabilidade de Eduardo Scarpellini. A atuação da empresa é alvo de críticas por suposta gestão temerária e falta de transparência nos atos da massa falida.
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2023–2025 – O processo de organização dos ativos, especialmente das linhas rodoviárias, avança com disputas judiciais, contestações entre empresas interessadas e questionamentos à condução da administradora judicial.
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Dezembro de 2025 – Justiça nega pedido da Suzantur no leilão, e Águia Branca acusa a concorrente de manobra para obter titularidade definitiva de linhas, acirrando as críticas à EXM Partners e reforçando o clima de insegurança jurídica na condução da massa falida.
Em meio a esse cenário, credores e advogados indicam que o atraso na organização dos ativos, aliados a cada nova batalha judicial, tende a piorar a atratividade dos ativos e adiar a conclusão da falência.
E você, o que acha sobre a condução deste processo de falência e o leilão de ativos da Itapemirim? Deixe sua opinião nos comentários e traga suas perguntas para a discussão.

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