Jovem de 18 anos é preso suspeito de incentivar automutilação entre meninas. Luiz Fernando Souza foi preso em Agrolândia, no interior de Santa Catarina, na manhã desta segunda-feira (15/12). Ele é acusado de estimular meninas a praticarem automutilação e de compartilhar conteúdos que incentivam esse tipo de violência contra menores. Durante a abordagem, ele revelou à Polícia Civil a idade de uma das vítimas: 12 ou 13 anos.
Ele descreveu o material como amplamente difundido, afirmando que o material é “muito conhecido” e que muita gente já o tem baixado. Veja o vídeo — diz o investigado, referindo-se às imagens da menina em autoagressão.
A prisão ocorreu após solicitação da Justiça de São Paulo, com mandados de prisão temporária e de busca e apreensão cumpridos pela 3ª Delegacia de Crimes Cibernéticos do Deic, em SP, em parceria com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Deic-SC, na manhã desta sexta-feira.
Na casa do investigado, os policiais localizaram material “consistente” relacionado a grupos da plataforma Discord, incluindo imagens envolvendo jovens em atos de automutilação e cenas de cunho sexual. Por isso, ele foi preso em flagrante.
As mídias mostram que as vítimas eram obrigadas a reproduzir, na própria pele, símbolos como a suástica, em alusão ao nazismo. Também foram encontradas imagens com os nomes do delegado-geral de São Paulo, Artur Dian, e da delegada Lisandrea Salvariego, marcados no corpo das vítimas, em tom de ameaça aos agentes.
No caso de Lisandrea, a vítima escreveu “Lisa” com navalha no próprio braço. Luiz Fernando publicou uma foto do ferimento com a legenda “presentinho pra Lisa kkkkk [sic].” Ele foi levado à 7ª Delegacia Regional do Complexo da Polícia Civil “Carlos Roberto Bastos Miguel”, em Santa Catarina, onde o auto de prisão em flagrante foi lavrado.
Na residência foram apreendidos um computador desktop e um celular, que serão encaminhados à perícia. A ação envolveu a Polícia Civil de São Paulo, com apoio da Deic-SC, e se volta para crimes digitais contra menores.
Este caso reforça a importância de combater exploração de menores na internet, crimes de ódio e assédio virtual. A investigação continua para identificar outras vítimas e possíveis cópias de conteúdos prejudiciais.
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