Preso no dia 3 de outubro por suspeita de comandar uma milícia responsável por lavagem de dinheiro, o deputado estadual Binho Galinha (PRD) já utilizou R$ 126.302,32 em verbas indenizatórias na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) desde a detenção.
As verbas são usadas para ressarcir despesas relacionadas ao mandato e podem ser solicitadas retroativamente, desde que haja documentação fiscal comprobatória.
Em outubro, quando o deputado foi preso, o gabinete registrou R$ 11.000 para a contratação de uma assessoria jurídica junto a uma sociedade individual de advocacia. Em novembro foram registradas quatro despesas: duas com divulgação da atividade parlamentar, uma consultoria e uma assessoria. Os contratos de marketing somam R$ 21.500 (3 a 20 de novembro) e R$ 13.700 (21 a 29 de novembro).
A consultoria ficou em R$ 11.201,16 e a assessoria, R$ 11.000, totalizando R$ 57.401,16 em novembro. Além disso, a AL-BA admite despesas com imóveis de apoio, locomoção de secretários, software, assinaturas, internet, cursos e aluguel de veículos, entre outros itens.
No mês de dezembro de 2025, o gabinete já registrou R$ 57.901,16, mantendo o padrão de despesas com divulgação, consultorias e assessorias: Assessorias R$ 11.000; Divulgação da atividade parlamentar R$ 35.700 (marketing direto) e Consultorias R$ 11.201,16.
CONSELHO DE ÉTICA No âmbito da AL-BA, quem avalia o caso de Binho Galinha é o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Segundo o regimento, se a conduta for entendida como atentado ao decoro, pode haver suspensão ou cassação, mas a pauta de cassação ainda não avançou.
Às declarações do Bahia Notíc ias, o advogado Cícero Dias afirmou que a AL não precisa aguardar uma sentença da Justiça para cassar o mandato; trata-se de uma decisão interna da Casa. Ele apontou ainda que, ao fim do processo criminal, a Justiça Comum pode condenar o deputado, com encaminhamento à Justiça Eleitoral (TRE-BA) para cumprimento.
EL PATRÓN E DESDOBRAMENTOS Em dezembro de 2023, a Polícia Federal deflagrou a operação “El Patrón”, que bloqueou cerca de R$ 200 milhões e prendeu seis pessoas, incluindo a esposa Mayana Cerqueira da Silva e o filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano. Binho Galinha é acusado de liderar organização criminosa responsável por lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, usura, receptação qualificada, comércio ilegal de armas e tráfico de drogas, atuando principalmente na região de Feira de Santana.
Com esse conjunto de informações, acompanhe a evolução do caso na AL-BA e reflita sobre o impacto dessas ocorrências na atuação de deputados locais. Deixe seu comentário com a sua opinião sobre os desdobramentos e as decisões que podem seguir.

Facebook Comments