Calor e apagões: o desafio de manter a comida fresca no verão

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Calor e apagões: o desafio de manter a comida fresca no verão



O verão coloca à prova a conservação de alimentos, com calor intenso e apagões que sobrecarregam sistemas de refrigeração e elevam o risco de desperdício tanto no varejo quanto em residências.

Segundo a NEO Estech, durante os dias quentes o consumo de energia ligado às geladeiras e freezers pode representar até 70% do gasto de uma loja no período, ampliando o desgaste dos equipamentos.

Dados da Abras indicam perdas de cerca de 1,8% do faturamento do setor, sendo 68% atribuídas à “quebra operacional” — falhas técnicas e problemas de conservação.

No varejo, o calor externo, a superlotação das geladeiras e o aumento do fluxo de clientes elevam o trabalho das máquinas e aumentam a probabilidade de falhas, conforme observam especialistas, como Sami Diba, CEO da NEO Estech.

Já em casa, quedas de energia transformam geladeiras em verdadeiros “armários quentes”, com temperaturas internas subindo rapidamente e abrindo espaço para a multiplicação de bactérias entre 5°C e 60°C, o que coloca carnes e laticínios em risco em poucas horas.

Circulação de ar: não bloqueie as saídas de ar da geladeira com excesso de itens; o ar frio precisa circular para manter a temperatura estável.

Vedação: examine as borrachas das portas; frestas aumentam o consumo de energia e comprometem o resfriamento.

Monitoramento: no varejo, sensores inteligentes podem reduzir até 15% do consumo energético, antecipando falhas antes que o alimento estrague.

Em caso de falta de luz: mantenha a porta da geladeira fechada o máximo de tempo possível. Uma geladeira fechada conserva o frio por ~4 horas; um freezer meio cheio pode manter o gelo por até 24 horas; se estiverem cheios, até 48 horas.

O verão exige uma combinação de tecnologia e hábitos simples: cuidar da refrigeração não é apenas questão de economia, mas de segurança alimentar.

Guia de segurança alimentar: o que fazer no apagão O objetivo é manter os alimentos fora da “Zona de Perigo” — acima de 5°C — o maior tempo possível.

1. Prazos de Segurança (Portas Fechadas)

Geladeira: até 4 horas.

Freezer (meio cheio): até 24 horas.

Freezer (totalmente cheio): até 48 horas, pois os alimentos congelados ajudam a manter a temperatura.

2. O que descartar após 4 horas sem luz? Se não houve retorno da energia, descarte itens que estejam acima de 5°C.

A imagem a seguir mostra uma tabela com orientações de descarte por temperatura.

3. A regra de ouro: “Na dúvida, jogue fora” Muitas bactérias que causam intoxicação alimentar não alteram o cheiro, a cor ou o sabor do alimento.

4. Como salvar o que restou?

Agrupe os alimentos: No freezer, junte todos os pacotes congelados. Isso mantém o frio por mais tempo.

Gelo seco ou blocos de gelo: Se souber que o apagão será longo, tente comprar gelo para colocar em caixas térmicas com os itens mais caros (carnes e laticínios).

Termômetro: Verifique a temperatura interna da carne. Se estiver acima de 5°C por mais de duas horas, o descarte é a opção mais segura.

O combate ao desperdício no verão é uma combinação de tecnologia e hábitos simples. Em cenários de instabilidade climática e energéticas, o cuidado com a refrigeração deixa de ser apenas uma economia e passa a ser uma prioridade de segurança alimentar.

E você, já passou por apagões ou calor intenso que impactaram a conservação dos alimentos? Conte sua experiência nos comentários e compartilhe as dicas que você usa para evitar desperdício.


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