Explosão de carro-bomba mata general russo em Moscou após negociações de paz

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Carro-bomba mata general russo em Moscou, pouco após negociações de paz em Miami entre Rússia e Ucrânia. O tenente-general Fanil Sarvarov, de 56 anos e chefe do departamento de formação operacional do Estado-Mior, foi morto na explosão de um veículo SUV Kia branco no sul de Moscou. A área ficou isolada e as autoridades apuram as circunstâncias do ataque.

O Comitê de Investigação da Rússia informou que trabalha em várias linhas de investigação, incluindo a possibilidade de o crime ter sido organizado por serviços especiais ucranianos. A linha que envolve essa possível participação é uma das várias frentes abertas pela investigação.

Sarvarov atuava há décadas nas forças russas, tendo participado das campanhas no Cáucaso Norte, especialmente na Chechênia na década de 1990, e chefiou as forças russas na Síria em 2015-2016. Sua morte ocorre num momento de tensões altas e de negociações diplomáticas em andamento.

As negociações, centradas no plano de paz dos EUA apresentado no mês anterior, foram impulsionadas pelos encontros em Miami e por conversas entre Ucrânia e europeus. O negociador ucraniano Rustem Umerov e o enviado especial norte-americano Steve Witkoff disseram haver progresso. O representante russo Kirill Dmitriev também teve reunião com a delegação norte-americana, que incluiu Jared Kushner, genro do presidente Donald Trump, considerado pela comunidade internacional como parte das negociações.

Embora o conteúdo exato do plano de 28 pontos não tenha sido divulgado, Washington e seus aliados ajustaram a proposta após consultas com Kiev e países europeus. A Ucrânia sinalizou que ainda precisaria fazer concessões, como ceder parte relevante do leste do Donbass. Já o presidente Volodymyr Zelensky expressou ceticismo quanto à real vontade da Rússia de encerrar o conflito.

O Kremlin negou qualquer intenção de recriar a União Soviética ou de controlar toda a Ucrânia, reagindo às informações de que autoridades de inteligência dos EUA estariam convencidas de que Putin buscaria mais do que o controle do leste. Este não é o primeiro ataque desse tipo contra autoridades russas: em abril houve a morte de Yaroslav Moskalik, vice-comandante do Estado-Maior, além de episódios como a morte de Daria Dugina (2022) e de Maxim Fomin (2023).

E você, qual leitura faz sobre o ritmo dessas ações e sobre as tentativas de paz em curso? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe como você encara a escalada do conflito e as negociações que buscam um desfecho.

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