Estados Unidos e Nigéria formalizaram um amplo acordo de cooperação na área da saúde com validade de cinco anos, no valor total estimado de US$ 5,1 bilhões. A parceria prevê apoio a unidades de saúde ligadas a instituições religiosas cristãs, atuando em regiões vulneráveis do país africano.
O memorando de entendimento integra a Estratégia Global de Saúde denominada “América Primeiro”. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o acordo prevê que Washington invista cerca de US$ 2,1 bilhões em ações de prevenção e tratamento de HIV, tuberculose, malária e poliomielite, além de programas de saúde materno-infantil.
Como contrapartida, o governo nigeriano compromete cerca de US$ 3 bilhões de recursos próprios ao sistema de saúde ao longo do mesmo período, marcando o maior volume de contrapartida já oferecido por um país parceiro no novo modelo de cooperação em saúde adotado pelos EUA.
Entre os destaques está o repasse de aproximadamente US$ 200 milhões para mais de 900 unidades de saúde administradas por instituições religiosas cristãs em várias regiões da Nigéria. Essas unidades representam cerca de 10% dos prestadores de serviços de saúde do país, mas atendem a mais de 30% da população, especialmente em áreas rurais, remotas e afetadas por conflitos.
Segundo a Missão dos EUA na Nigéria, hospitais e clínicas mantidos por instituições religiosas têm papel estratégico na assistência médica em locais onde o acesso aos serviços públicos é limitado, contribuindo para salvar vidas diante de desafios como violência extremista, pobreza e infraestrutura precária.
O acordo também condiciona parte do apoio à implementação de reformas pelo governo nigeriano para proteger regiões cristãs, frequentemente alvo de ataques por grupos extremistas, além de ampliar a capacidade do sistema de saúde e fortalecer a resiliência institucional e a responsabilidade financeira local.
A Nigéria continua a enfrentar indicadores elevados de mortalidade materno-infantil e uma das maiores incidências de malária do mundo. O acordo bilateral é visto como um passo relevante para enfrentar esses desafios, ao reconhecer o papel histórico e social das instituições religiosas cristãs no cuidado aos mais vulneráveis.
E você, o que pensa sobre esse tipo de cooperação internacional para saúde? Deixe seu comentário com a sua opinião sobre como parcerias entre Estados e instituições religiosas podem impactar a saúde em regiões vulneráveis.

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