O Departamento de Justiça dos EUA divulgou nesta terça-feira cerca de 8.000 novos documentos e vídeos sobre o caso Epstein no site oficial, ampliando o conjunto de materiais disponíveis. Entre os itens estão centenas de vídeos e áudios, incluindo imagens de vigilância de agosto de 2019, quando Epstein foi encontrado morto na cela. O DoJ também disponibilizou quase 11.000 links para os documentos, embora alguns não conduzam a conteúdo relevante.
A divulgação ocorre sob a égide da Lei de Transparência dos Arquivos Epstein (EFTA), aprovada quase por unanimidade pelo Congresso, que determina a publicação de todos os documentos até 19 de dezembro de 2025. Grupos de vítimas afirmam que apenas uma fração dos arquivos foi tornada pública e que o material exposto está fortemente censurado, sem explicações claras.
Líderes no Congresso criticaram a morosidade. Ro Khanna (D) e Thomas Massie (R) ameaçaram apresentar acusações de desacato contra a procuradora-geral Pam Bondi por não cumprir a lei. O senador Chuck Schumer (D) chamou a situação de “operação de acobertamento” por não publicar o material completo.
O procurador-geral adjunto, Todd Blanche, atribuiu o atraso à necessidade de censurar as identidades de mais de mil vítimas, e negou acusações de que buscaria proteger Donald Trump, que era amigo do ex-financista. Durante a campanha de 2024, Trump havia prometido tornar públicos os arquivos, mas recuou e chamou a divulgação de uma “farsa” instrumentalizada pelos democratas.
Em novembro, o presidente dos EUA acabou assinando uma lei que obriga a divulgação dos arquivos não confidenciais sob posse do governo, atendendo parte da pressão do Congresso. Enquanto isso, ativistas e familiares das vítimas pedem maior transparência e explicações sobre o que ainda permanece oculto.
O que você acha dessa divulgação? Compartilhe sua leitura sobre o tema nos comentários e conte se concorda com os passos adotados para tornar os documentos mais acessíveis.

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