Tainara Souza Santos, 30 anos, morreu por volta das 19h desta quarta-feira (24/12) no Hospital das Clínicas, quase um mês após ter sido atropelada e arrastada pelo ex-namorado na Marginal Tietê, em São Paulo. A família confirmou o falecimento e um dos advogados da vítima, Fábio Costa, informou que a causa foi falência múltipla de órgãos. O velório está marcado para esta quinta-feira (25/12).
Segundo a família, Tainara já havia passado por uma nova cirurgia na coxa em 22/12, para reconstruir parte dos glúteos, após o ataque ocorrido em 29 de novembro. O suspeito, Douglas Alves da Silva, 26 anos, foi preso em 30 de novembro, em um hotel na zona leste de São Paulo.
Câmeras de segurança flagraram o momento do atropelamento e do arraste. Amiga de infância da vítima, Letícia Dias, contou a o Metrópoles que Tainara já havia perdido um dos pés durante o episódio, e que as amputações subsequentes foram em alturas diferentes. Também houve edema no cérebro, mas a tomografia não apontou gravidade aguda.
Mulher arrastada
As imagens mostram Tainara caminhando com outro rapaz quando é atingida por um carro preto, que a arrasta por mais de 1 km na Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo. Letícia afirmou que a amiga já chegou a perder um pé na hora do atropelamento, e que as amputações foram feitas em alturas distintas. O edema no cérebro foi descrito, porém não houve confirmação de gravidade na tomografia.





Na sequência, Douglas afirmou, em entrevista, que estava em um bar na noite de 28/11 e que houve uma briga para defender um amigo, após o que houve a agressão com uma garrafada. Ele disse que, ao ver Tainara acompanhada de outro rapaz, percebeu que o carro fez uma manobra, bateu nela e seguiu sem parar. Ainda de acordo com ele, o carro não andava direito por um possível problema mecânico, o que o levou a deixar o local e a levar o veículo para longe do lugar dos fatos.
Em depoimento aos investigadores, o suspeito alegou arrependimento e afirmou não conhecer a vítima. Ele disse ter deixado o local em direção à Marginal após o atropelamento e só ter procurado a ajuda de familiares. Posteriormente, foi preso, e durante a abordagem policial houve resistência e um disparo que atingiu seu braço.
Polícia desmente versão
- O depoimento de Douglas destoa das informações reunidas pela polícia.
- Segundo as investigações, o criminoso conhecia Tainara e manteve com ela um relacionamento casual que terminou por ciúmes.
- Kauan, amigo da vítima, tentou desestimular Douglas e pediu que ele parasse o carro enquanto a mulher era arrastada pela Marginal.
- O delegado Augusto Bícego afirmou que Douglas não parou o veículo e que Tainara escapou apenas quando o corpo se desprendeu.
- A irmã de Tainara disse que Douglas já a perseguia há tempos e que, segundo ela, nunca houve um relacionamento sério entre eles.
O caso segue sob investigação das autoridades, com Douglas Alves da Silva detido e as autoridades buscando esclarecer todas as circunstâncias do crime. A comoção pública reacende o debate sobre violência contra a mulher e a necessidade de respostas rápidas da Justiça.
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