Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), chegou a Brasília neste sábado (27/12), após ser entregue pela Polícia Federal (PF) no Paraguai. A transferência ocorre após a prisão dele, em Assunção, numa tentativa de fuga que acirrou os desdobramentos do caso ligado ao suposto núcleo golpista que envolve a investigação do STF.

Vasques já tinha sido condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por integrar a trama golpista que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. A transferência dele para o Brasil abre nova etapa processual, com o caso ganhando contornos práticos à medida que se aproxima do trâmite judicial.
Segundo relatos, a tentativa de fuga ocorreu quando ele já cumpria medidas cautelares em Santa Catarina, inclusive o uso de tornozeleira eletrônica, com a violação do monitoramento revelada por alertas das autoridades. A investigação indica que Vasques tentou alterar a foto de um passaporte para passar por cidadão paraguaio, sob o nome fictício Julio Eduardo Fernandez, numa operação para embarcar em um voo que partiria pelo Panamá rumo a El Salvador.
A prisão preventiva já havia sido decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, por descumprimento das cautelares impostas. Até aquele momento, Vasques aguardava a publicação do acórdão do julgamento e o início do prazo para recursos, mantendo a possibilidade de permanecer em liberdade até o trânsito em julgado. A tentativa de fuga, no entanto, tornou inviável essa perspectiva.
Após a prisão no Paraguai, o ex-diretor da PRF foi entregue às autoridades brasileiras em Foz do Iguaçu, na noite de sexta-feira, e transferido para o Distrito Federal por via aérea na manhã seguinte. A expulsão sumária ocorreu mediante acordo entre autoridades diplomáticas do Brasil e do Paraguai.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que Vasques integrou o núcleo 2 da trama golpista, coordenando ações que apoiariam o golpe de Estado. O caso já havia rendido prisão preventiva em 9 de agosto de 2023, mas Vasques acabou solto em 8 de agosto por decisão de Moraes. A investigação aponta que, no dia da eleição de 2022, ele coordenou bloqueios rodoviários para dificultar votos em distritos onde Lula da Silva teriam maior apoio, prática enquadrada como prevaricação e violação política.
O panorama jurídico indica que, com a transferência para o Brasil, Vasques continuará a responder aos processos ligados à investigação e aos autos do Regarding ao caso. O desfecho dependerá dos prazos, recursos e das medidas de cumprimento de pena já determinadas pela Justiça.
Desfechos como esse costumam repercutir na aceitação pública sobre as investigações de possíveis atos contra a normalidade institucional. Acompanhe as próximas informações para entender como ficam os passos processuais e o impacto no andamento do caso.
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