O Departamento de Justiça dos EUA voltou a adiar a divulgação completa dos arquivos relacionados ao financista Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais. O DOJ informou a descoberta de mais de um milhão de novos documentos potencialmente ligados ao caso, o que estenderá o processo de revisão e de publicação por algumas semanas e pode levar o desfecho da chamada “saga dos arquivos” para 2026.
A divulgação deveria ocorrer até 19 de dezembro, conforme lei de transparência aprovada pelo Congresso. Na véspera de Natal, o escritório de Manhattan e o FBI localizaram um volume significativo de material que precisa ser analisado. Até agora, o governo já publicou centenas de milhares de arquivos na “Biblioteca Epstein”, totalizando mais de 300 gigabytes de dados, incluindo documentos judiciais, fotos e vídeos. Entre as revelações estão intimações, fotos de figuras públicas com Epstein e até uma carta falsa atribuída ao magnata, divulgada para cumprir a obrigação legal, independentemente da veracidade do conteúdo.
A extensão do prazo provocou críticas bipartidárias no Congresso e reação de vítimas do caso. Parlamentares questionam como um volume tão grande de documentos foi encontrado apenas um mês após a aprovação da lei e dez meses depois das ordens iniciais para a entrega. Deputados ameaçaram responsabilizar a gestão do DOJ caso o cumprimento da lei não ocorra na prática.
Além do material já divulgado, ainda há itens pendentes, como um rascunho de acusação de 2007 com 60 denúncias federais que nunca foram protocoladas e um memorando de apoio ao processo. A expectativa recai sobre a agilidade das autoridades no processamento do novo lote, mantendo a proteção legal da identidade das vítimas.
À medida que novos documentos são revisados, a saga dos arquivos Epstein deve se estender para 2026, mantendo o escrutínio público sobre a transparência do governo. E você, o que acha sobre o ritmo de divulgação e o tratamento dado às vítimas nesse caso? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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