O acesso às praias de Cumuruxatiba, distrito do município de Prado-BA e região, foi tema de audiência pública que ocorreu no dia 17 de janeiro de 2011. A audiência, promovida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela RESEX Corumbau. Foi resultado de diversas ações das comunidades da RESEX, assim como de ações fiscalizatórias do ICMBio e IBAMA.
O encontro reuniu cerca de 70 participantes e atendeu a uma reivindicação antiga dos moradores do local que denunciam o bloqueio do acesso a determinadas praias da região por parte de grandes proprietários.
Dificuldades de acesso às praias do Moreira, Japara Grande e Barra do Cahy foram as três principais denúncias relatadas pela comunidade e discutidas durante a audiência. Os responsáveis pelas propriedades instaladas nestas localidades �?? Andrea Borghesi, Lucas Lessa e Don David Jayanetti, respectivamente �?? compareceram à reunião e responderam aos questionamentos levantados por pescadores, representantes de associações comunitárias e demais lideranças de Cumuruxatiba.
De acordo com o cacique da aldeia indígena Tibá, Seu Zé Fragoso, passagens na praia utilizadas tradicionalmente pelos moradores da região hoje se encontram com cancelas, cercas e cadeados. �??�? um problema antigo e há muito tempo estamos fazendo denúncias e reivindicando o nosso direito de ir e vir. A lei precisa ser cumprida�?�, destacou Fragoso.
Para o promotor Wallace Carvalho, a audiência representou um momento único e muito importante para Cumuruxatiba, pois a comunidade pôde expor os problemas diretamente aos empreendedores e, eles, por sua vez, se colocaram à disposição para dialogar e encontrar alternativas para solucionar a questão. �??O nosso papel é colocar empreendedores e representantes da comunidade para dialogar, de forma pacífica e visando acordos�?�, explica Carvalho.
Representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade �?? ICMBio e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Prado também compareceram à audiência e se comprometeram a averiguar outras denúncias feitas no decorrer da reunião. �??A esperança é de que saia soluções negociadas, evitando ações judiciais, que serão ajuizadas caso o acordo seja impossível�?�, conclui Ronaldo Oliveira, gestor da Resex Corumbau.
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