Dia da Consciência Negra é lembrado com muito orgulho

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O evento realizado no último final de semana (19) contou com a participação de estudantes, professores e o vice-presidente da Federação Baiana de Capoeira e, um dos historiadores de Salvador, Máximo Pereira de Brito Filho. Dentre os temas abordados, a Consciência Negra e Zumbi dos Palmares, foram destaque. Os estudantes fizeram um show à parte com muita capoeira, exposições e teatro, com apoio e parceria de várias escolas do município e da Prefeitura Municipal.

Para Máximo Filho, eventos como o realizado no município do Prado, remetem à reflexão de luta, em nome da liberdade, da democracia, da igualdade e da necessária união da sociedade em torno de projeto de nação. Palestrante em diversas partes do globo, os lugares do mundo, o vice-presidente da Federação Baiana de Capoeira tem levado a cultura da capoeira, como patrimônio cultural imaterial do Brasil.

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Mestre Maxímo, como é conhecido, em recente viagem à Toulouse, na França, palestrou sobre �??ERA UM TAL DE BESOURO DE MANGANGÁ�??, tratando do processo histórico brasileiro.  

O Dia da Consciência Negra é o dia nacional de todos os brasileiros que lutam por um país, cuja população chega a 50%, de descendência negra e, na Bahia, a população que chega a 80%, ainda é grande o racismo, segundo dados do Censo 2010, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Salvador, os declarados brancos têm renda 3,2 vezes maior que os negros. Isto demonstra grande discrepância em termos de representação, constatando que a população negra sempre está na escala mais baixa.

A lei 10.639, de nove de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Temas como História da África e dos africanos, propiciam o resgate das contribuições dos povos negros na formação da sociedade nacional.

mestre

Na ocasião do tricentenário de sua morte em 1996, no dia 20 de novembro, o Zumbi dos Palmares foi marcado e oficializado herói da resistência contra o racismo e opressão contra o colonialismo, o imperialismo e o terrorismo em todo o mundo. Investidas foram feitas contra o quilombo sob todas as formas. Isto não deve ser encarado como concessão ou exceção à uma regra socialmente estabelecida, mas como o direito de igualdade em oportunidades entre os indivíduos.

Zumbi dos Palmares:
No dia 20 de novembro de 1695, o negro Zumbi, chefe do Quilombo dos Palmares, foi morto em uma emboscada na serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou, também, com o início da destruição do Quilombo.

O Quilombo dos Palmares foi uma comunidade criada pelos escravos que fugiam de seus senhores para viver em liberdade. Houve uma época em que o Quilombo abrigou mais de 20 mil pessoas.

Zumbi nasceu no Quilombo, mas, ainda recém-nascido, foi capturado e entregue a um padre, que lhe deu o nome Francisco, o ensinou a ler e a escrever. Aos 15 anos de idade, o menino resolveu voltar ao Quilombo, onde, pouco tempo depois, tornou-se líder. Em 1995, após 300 anos de sua morte, Zumbi foi reconhecido como herói nacional.

As rebeliões de escravos foram bastante freqüentes no período colonial. Os negros fugidos escondiam-se na mata e organizavam-se em grupos, para sobreviver à hostilidade do ambiente e às investidas dos brancos.

Os grupos, internamente coesos, recebiam o nome de quilombos e as aldeias que os compunham, de mocambos. O mais conhecido dos quilombos foi de Palmares, existindo entre 1630 e 1695, ocupando a maior área territorial (cerca de 400 km2 dos atuais estados de Pernambuco e Alagoas) e o que resistiu mais bravamente aos ataques dos brancos.

Palmares se organizou como um verdadeiro Estado – com as estruturas dos estados africanos, onde cada aldeia tinha um chefe, os quais elegiam seu rei – e possuía um verdadeiro exército, além de fortificações em torno das aldeias, que deixaram os comandantes brancos admirados.

Tinha uma produção agrícola bem avançada, que dava para a subsistência das aldeias e ainda produzia um excedente que podia ser negociado com mascates e lavradores brancos. No entanto, a própria existência de um Estado independente dentro da colônia era inaceitável para os portugueses, que consideravam Palmares como seu maior inimigo, depois dos holandeses.

O primeiro rei de Palmares foi Gangazumba, que comandou uma bem-sucedida resistência, repelindo dezenas de expedições dos brancos. Em 1678, assinou uma trégua com o governador Aires de Souza e Castro – atitude que dividiu o quilombo.

Em conseqüência, Gangazumba terminou por ser envenenado. Foi substituído por Zumbi que já era um líder respeitado e que se tornou o grande herói dos Palmares.

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