A rede de atendimento do serviço público de saúde do município de Itamaraju tem sido alvo de constantes criticas, frente ao número de pessoas vítimas das precárias condições oferecidas pelas unidades de saúde.
Os problemas enfrentados pela população itamarajuense despertam atenção pela repercussão dos casos de vítimas fatais, seja por supostos erros médicos, seja pela falta de infraestrutura das unidades de saúde para que os profissionais possam prestar o serviço necessário à população. Preocupa ainda os casos que não são divulgados.
Em 20 (vinte) anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população de Itamaraju diminuiu. No ano de 1991 existiam no município 64.308 pessoas. O Censo de 2010 registrou apenas 63.069 habitantes. Mesmo assim, os problemas do município estão aumentando, no tocante ao serviço de saúde. Neste ano, um aposentado precisou se acorrentar numa pilastra do Hospital Municipal de Itamaraju para receber atendimento. Há poucos dias, uma mulher morreu depois de ficar aguardando por horas para ser atendida, até que se chegasse ao diagnóstico e à providência de transferência para Teixeira de Freitas. Ela nunca chegou ao destino. Nesta última semana, uma jovem faleceu vítima de infecção generalizada; quadro provocado por suposto erro de uma equipe médica do Hospital Municipal de Itamaraju, que teria deixado restos de parto dentro dela. Neste último final de semana uma criança morreu vítima de pneumonia, treze horas depois de chegar a unidade hospitalar que não ofereceu suporte necessário ao tratamento da menina, de apenas 02 (dois) anos de idade.
Os problemas da rede pública de saúde do município de Itamaraju projeta maior complexidade. Passa pela necessidade de investimento em infraestrutura e na contratação de profissionais reciclados e preparados para os tempos atuais. Estes profissionais também precisam reivindicar condições de trabalho para atender à população, para que não venham a ser alvo de julgamentos nos conselhos da categoria ou na justiça cível ou criminal.
A população precisa reivindicar e cobrar melhores atendimentos, seja por meio de projetos do legislativo, da cobrança nos conselhos municipais ou das ações da administração municipal. Fazer justiça com as próprias mãos ou se passar por salvador da pátria não vai resolver a situação. Se todos partirem para a violência pública vai faltar profissionais que se habilitem para o trabalho em Itamaraju. Ai a população vai sofrer ainda mais.
Pesquisa recente da Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) aponta que o município de Itamaraju está melhorando a forma de gerir os recursos públicos, ainda de forma tímida, mas já é um avanço. Quanto mais se aproximar das primeiras posições, melhor é administração do município.
A administração precisa reconhecer que o problema de saúde do município é grave e padece de urgentes soluções. Os repasses mensais, segundo o Portal da Transparência, que chegam ao município de Itamaraju estão na ordem de 1,3 milhão de reais/mês. Estes valores não seriam suficientes para um choque de gestão e uma melhoria drástica do atual quadro em que se encontra a rede de saúde do município. Por isso, segundo informações extraoficiais, a gestão do Prefeito �??Pedro da Campineira�?? estaria recorrendo ao Ministério da Saúde para a instalação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24Horas), como forma de atenuar a carência do município para os casos de média e alta complexidade. Isto, por si só, aumentaria a capacidade da rede de saúde frente à procura dos principais serviços médicos, reduzindo drasticamente a necessidade de transferência de pacientes para outras cidades.
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