O governo brasileiro entregou aos diplomatas das delegações estrangeiras por volta das 7h30 desta terça-feira (19) um novo rascunho do documento final da Rio+20, segundo o Itamaraty. O envio ocorre após negociação que foi concluída nesta madrugada, às vésperas da chegada dos chefes de Estado, que devem votar o texto até o dia 22.
Por volta das 2h20, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, havia prometido aos delegados de 193 países que o texto estaria disponibilizado no sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma plenária está prevista para acontecer às 10h30.
�??Tenho uma breve fala a fazer, para anunciar que temos o texto. Tentamos incorporar ao máximo as preocupações e sugestões feitas pelos participantes. Mesmo a essa hora, tarde da noite, levamos a cabo consultas de última hora sobre as questões de maior divergência. Então, gostaria de agradecer a todos os participantes pela extraordinária demonstração de flexibilidade e pela vontade política nesse processo de negociação�?�, afirmou.
�??Acredito que cumprimos o objetivo de concluir nossa tarefa nesta noite, de ter um texto para submeter à reunião de Alto Nível�?�, disse.
Ao encerrar a fala, o ministro destacou às delegações que anunciaria à imprensa a �??conclusão�?� do documento final da Rio+20. �??Desejo a vocês uma ótima noite, bom descanso. E quero deixar claro que vou anunciar agora à imprensa que concluímos a elaboração do texto�?�, afirmou o ministro, o que provocou ruído entre os delegados.
O Brasil, como país-sede, preside a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, esperava chegar a um consenso em torno do texto, mas a União Europeia defendeu que a negociação continuasse entre os ministros, chefes de Estado e governo que vão se reunir de quarta a sexta no segmento de alto nível da conferência, para chegarem a um resultado mais �??substancial�?�.
O texto proposto pela presidência brasileira da Rio+20 tem sido criticado como pouco ambicioso, já que não cria o fundo de desenvolvimento sustentável de US$ 30 bilhões para os países pobres, não transforma em agência o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, além de adiar a definição de metas de sustentabilidade.
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