Uma cena no mínimo incomum e preocupante foi registrada pela equipe do portal de notícias TEIXEIRAAGORA, na noite desta segunda-feira (18), quando uma criança da cidade do Prado deu entrada no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF), com fratura exposta no braço direito. O pequeno de apenas 5 anos de idade, chegou em uma ambulância da Prefeitura do Prado, depois de um acidente que sofreu na escola.
O menor, que estava acompanhado de seu tio, Anderson Conceição de Silva (22) foi encaminhado médico plantonista no Hospital Jonival Lucas, Dr. Ailton Moreira Amorim, que é gastroenterologista. Alegando a indicação de outro profissional especialista, encaminhou o paciente à cidade vizinha, para ser atendido por um ortopedista.
A chegada da criança, sentindo fortes dores no braço, e seus familiares, ao Hospital de Teixeira de Freitas, aconteceu por volta das 18h00min. Na recepção, apresentando o encaminhamento conseguiram registrar o paciente e a necessidade de intervenção médica. Por volta das 21h30min chegou a notícia de que o garoto não receberia atendimento. Isto porque o médico ortopedista, Dr. Abdias de Barros que, segundo os familiares, teria examinado a criança apenas com os olhos. Um procedimento considerado inicial e necessário, a realização de exame de raio-X não foi realizado ou solicitado pelo médico que se recusou em atender ao garoto, chegando a assinar numa carta de �??Contra-Rejeição�?�. No documento constou ser de ‘baixa complexidade’ a necessidade do atendimento, devolvendo o caso à cidade do Prado. Justificou que a cidade de origem deveria receber e tratar o paciente, alegando �??Contrato de Gestão Plena de Saúde�?�.
A família insistiu com o médico, chegando a apelar pelo atendimento. Ainda assim, Dr. Abdias Barros, se mostrou irredutível, mantendo a recusa. Chocados, familiares conduziram o paciente até a Delegacia de Polícia Civil de Teixeira de Freitas, onde foi registrado boletim de ocorrência, informando a falta de humanidade e de ética do medico. Os secretários de saúde das duas cidades interferiram no caso, na tentativa de sensibilizar o ortopedista que, ainda assim, insistiu em não atender o garoto. Sem ter o que fazer, a família retornou para cidade do Prado com a criança, sem ao menos ter recebido atendimento médico.
A família se disse indignada e ameaça recorrer à justiça para que o caso não fique em pune e não se repita com outras pessoas.
Por Ary Vieira/Foto Mazinho Vieira/TeixeiraAgora
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