Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado nesta sexta-feira, dia 8 de março, os vereadores do Prado votaram e aprovaram, por unanimidade, em única votação, o Projeto de Lei do Legislativo que cria o Dia Municipal de Combate à Violência Contra Mulheres. O projeto seguiu para sanção da Prefeita Mayra Brito (PP).
A vereadora Professora Bruna (PCdoB), autora da proposta do Dia Municipal, única representante das mulheres na Câmara de Vereadores do Prado, demonstrou sensibilidade com os problemas enfrentados por muitas brasileiras e da necessidade em lutar contra a violência doméstica e a exploração da mulher.
Segundo a parlamentar, o objetivo de seu projeto é que o município tenha um dia especial para tratar da reflexão sobre a luta das mulheres contra a violência. “Nossa proposta é diminuir a violência praticada contra as mulheres, que são vítimas de exploração e violência. Por isso, proponho que nossa gente discuta políticas e soluções, capazes de diminuir o sofrimento dessas pessoas”.
De acordo com o projeto da vereadora, o dia 15 de março passa a ser o dia na história pradense como data festiva dos avanços, que as mulheres já conseguiram ao longo dos anos, bem como, o dia para reflexão e para o trabalho nas escolas, sobre a necessidade de conscientização, respeito e valorização da mulher. �??Nossa proposta é estimular a sociedade para realizar eventos, como necessidade de extinguir a violência que destrói a vida de mulheres, considerado um dos grandes desafios na área dos direitos humanos�?�.
Surgindo das bases sindicais, a vereadora que é professora e já foi Secretária Municipal de Educação em Prado, tem uma vida dedicada à luta de classes, relembrando grandes nomes da história. A sua sensibilidade com os menos favorecidos a destaca por onde passa. Sua preocupação com a política para as mulheres é exemplo disso. “A violência de gênero é uma ameaça à democracia, à paz e à justiça”.
SAIBA MAIS SOBRE VIOL�?NCIA E EXPLORA�?�?O CONTRA MULHERES
Violência contra a mulher é qualquer ato que possa provocar dano ou sofrimento físico, sexual, econômico ou psicológico, até mesmo a morte, e que seja causado pelo fato de ela ser uma mulher. Essa violência não escolhe quem vai atingir, pode acontecer com qualquer uma, mas há situações específicas e condições sociais que podem tornar algumas mulheres ainda mais expostas à violência. Na maioria dos casos, o agressor é o marido, companheiro, namorado ou o ex. A violência contra a mulher pode ocorrer dentro de casa ou em qualquer outro lugar, como o trabalho ou a rua. Embora não se tenha certeza sobre os números, calcula-se que a cada 15 segundos uma mulher seja espancada no Brasil e que 70% das agressões contra mulheres aconteçam dentro de casa. Olhe que absurdo! Isso quer dizer que o lugar menos seguro para uma mulher, ainda é o seu próprio lar!
A Constituição Federal garante que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, mas foi preciso a aprovação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) para a garantia plena, com mecanismos específicos, capazes de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
São inúmeros os casos relatados dando conta da violência contra as mulheres. Mesmo de forma tímida, muitas delas já ganham coragem para denunciar seus agressores, o que tem ocorrido diariamente nas delegacias de polícia espalhadas pelo país.
No último dia 27 de fevereiro a polícia de Teixeira de Freitas, no extremo sul baiano, prendeu o jovem Leonardo Possato Bento, 23 anos, apontado como autor do assassinato da ex-namorada, Paola Souza Magnago, 20 anos.
O acusado não aceitou o rompimento do namoro e disparou seis vezes, usando um revólver calibre 38, pelas costas, quando a vítima seguia para o trabalho, no início da manhã do dia 07 de fevereiro deste ano, na cidade de Linhares, no Espírito Santo.
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