Nunca antes a Câmara de Vereadores do Prado teve participação maciça da sociedade. Talvez esse novo quadro social e político seja o verdadeiro motivo de comportamentos de parlamentares e cidadãos terem repercutido tanto nos últimos dias. Nesta segunda-feira, dia 15, a sessão da Câmara Municipal foi marcada por protestos e convocação da policia militar.
No cenário as pessoas normalmente se dividem entre oposição e situação. De um lado, uns alegam que a atual oposição cobra o que não fez há quatro anos. Do outro dizem que quem vive de passado é museu.
�? neste tom que estão as conversas de quem frequenta a Câmara de Vereadores do Prado. No pronunciamento do vereador Paulo Monte (PSB), algumas pessoas começaram a vaiar. A partir de então a confusão se instalou. O Presidente da Câmara, Alfredo Gontier, chegou a convidar uma pessoa da plateia a se retirar.
O vereador Augusto disse que ‘a mesa cumpriu o regimento’. Com o clima tenso, Alfredinho ameaçou interromper a sessão. Segundo o presidente, ‘a participação do povo é importante, mas é preciso acalmar os ânimos para não atrapalhar as sessões. Não vejo motivos para vaiar e gritar, no momento em que o vereador usa a plenária é preciso atenção para ouvir de forma eficiente o parlamentar, compreender as atividades parlamentares e o andamento do processo legislativo’, concluiu o vereador.
A Câmara de Vereadores é considerada aberta e democrática, composta por membros das mais variadas ideologias, cabendo-lhe proporcionar condições para que a sociedade a ela recorra, na busca de seus direitos, indo ao encontro, portanto, da necessidade de trabalho de conscientização da população, para que façam o seu papel de cidadão. “Ressalte-se a necessidade de haver a conscientização, por parte do povo e dos vereadores, de acompanhamento do processo legislativo e das atividades dos parlamentares”, é o que pensa a comerciante e cidadã, Eliete Maria.
O parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal, destaca que �??todo o poder emana do povo�?�. Abraham Lincoln (1865) destacou que democracia é o governo do povo (legitimidade à origem do poder político do governo), pelo povo (exercício do poder político) e para o povo (finalidade do poder político). Rousseau (1778) ressaltou que �??o Poder Legislativo pertence ao povo, e não pode pertencer senão a ele�?�.
Cabe-nos refletir até que ponto é procedente a afirmação de Mosquéra ao enfatizar que não é preciso buscar fórmulas mágicas para aumentar o interesse do cidadão pelo que se passa no Parlamento. basta criar canais de inclusão política para que o cidadão queira falar, reclamar, denunciar, propor e debater as decisões que afetam a vida dele.
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