A mudança na unidade de referência no atendimento das famílias que residem no bairro da Federação tem causado o descontentamento de moradores da localidade que procuram a rede de atenção básica de saúde.
Ao Bahia Notícias, representantes da comunidade reclamam que os equipamentos agora desempenhados (na Federação e no Vale das Muriçocas) não são de fácil acesso, como o anterior, o 5º Centro de Saúde, no Vale dos Barris.
A alteração, que não é a primeira, segundo os pacientes, não foi comunicada com antecedência e, além da distância, pessoas idosas, com deficiência e mobilidade reduzida estariam enfrentando problemas para conseguir chegar ao local.
“Os pacientes dessas localidades eram atendidos pelo unidade de saúde do Alto das Pombas e há cinco anos aproximadamente foram deslocadas para a USF Clementino Fraga e desde de fevereiro desse ano esses pacientes estão sendo encaminhados para Muriçoca”, relatou o líder comunitário Edson Antonio ao BN.
De acordo com ele, a mudança atingiu moradores de seis ruas: Miguel Lemos, Eulalio de Oliveira, Ladeira dos Contentes, uma parte da Caetano Moura, Souza Uzel e da localidade do Alto de Ondina. A principal queixa, alegou o Edson Antonio, é a de que a distância prejudicaria a relação entre as equipes e o público atendido.
As acusações são negadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador, que perguntada sobre o assunto afirmou que o Centro de Saúde Clementino Fraga, popularmente conhecido como 5º Centro, atuava no atendimento exclusivo das famílias, mas que houve uma mudança no perfil da unidade, para que passasse a acolher pacientes de toda a cidade por demanda aberta.
“Aqueles pacientes cadastrados para atendimento com as equipes de saúde da família do local foram realocados para as Unidades de Saúde da Família (USF) Lealdina Barros e Federação, em virtude da proximidade com o Clementino Fraga”, justificou a pasta.
Ainda de acordo com a SMS, o posto Lealdina Barros, no Vale das Muriçocas, foi construído especificamente para que a mudança fosse feita. As obras do equipamento foram iniciadas em 2020 e os agentes de saúde foram orientados a prestar esclarecimentos à comunidade sobre a transferência desde então. As equipes que acompanhavam os moradores também foram redirecionadas.

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