Bolsonaro diz que privatização da Petrobras ‘dificilmente vai para frente’

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

 

Ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deseje privatizar a Petrobras, “é muito difícil” fazê-la. Em entrevista à TV Terraviva, na manhã desta segunda-feira (6/6), o chefe do Executivo voltou a criticar a gerência da estatal e admitiu a dificuldade.

 

 

 “Olha, a privatização da Petrobras é muito difícil. Conversei com o ministro de Minas e Energia, e ele tem essa intenção. Deu o pontapé inicial, mas dificilmente vai para frente isso”, afirmou o presidente que na sequência repetiu que esse processo vai “demorar uns quatro anos”.

Bolsonaro ainda admitiu que trocou o comando do MME, agora chefiado por Adolfo Sachsida, homem de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, para ter maior acesso à gerência da Petrobras. Mas ainda há “muita burocracia” para fazer as mudanças que deseja.

 

“Estamos tentando mudar. Mudou o ministro de Minas e Energia, que quer mudar agora também toda a Petrobras. Mas há uma dificuldade. Reunião de conselho, uma burocracia enorme e demora isso daí”, frisou.

Articulação

Por medo da possibilidade de desabastecimento de diesel e diante das dificuldades para conter a alta de combustíveis, o governo está lançando mão de uma nova arma: lançar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que justifique a criação de créditos extraordinários. A ideia é que tenha critérios parecidos com a PEC emergencial, que proporcionou a dilatação dos pagamentos de auxílios em meio a pandemia de covid-19, em 2021.

Essa proposta seria uma segunda alternativa após a má repercussão de um decreto presidencial para instaurar um estado de calamidade para conter os preços �?? ainda que a proposta não tenha ido para frente, mas não está totalmente descartada.

Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou os ministros Paulo Guedes (Economia), Adolfo Sachsida (Minas e Energia), Ciro Nogueira (Casa Civil), Célio Faria Junior (Governo) e o advogado-geral da União, Bruno Bianco, para debater o tema. Parte dos titulares das pastas tem ressalvas à proposta. A questão é que o presidente deveria correr por fora e negociar diretamente com o Congresso.

Em entrevista à CNN concedida na quinta-feira (2), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), admitiu que o decreto de calamidade ainda poderá avançar. �??Vai depender da situação do país. A população está sofrendo hoje. Eu não vejo necessidade desse estado de calamidade atualmente, mas se chegar a um ponto de uma situação como essa, nós teremos que decretá-la. Mas eu espero que isso não seja necessário�?�, afirmou na ocasião.  

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

STF amplia controle judicial sobre inquéritos do Ministério Público

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu ontem as regras a serem seguidas pelo Ministério Público em investigações criminais abertas internamente. Os ministros já haviam reconhecido que promotores e procuradores têm atribuição para instaurar e conduzir apurações na esfera penal - por unanimidade na conclusão do julgamento. Os Procedimentos de Investigação Criminal (PICs) do MP deverão

Boulos agora é proprietário de casa e deve perder apelo explorado em eleição

(FOLHAPRESS) - O pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) tem agora registrada em seu nome a casa onde mora, que fica no Campo Limpo (zona sul) e pertencia oficialmente ao pai dele. Com a transferência, feita depois da eleição de 2022, o deputado federal deve perder neste ano o título de candidato à Prefeitura de

Lula promete a Pacheco que vai selar armistício entre ele e Haddad

Às vésperas da sessão que vai analisar seus vetos a projetos aprovados por deputados e senadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou, mais uma vez, consertar a articulação do Palácio do Planalto com o Congresso. Lula chamou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma conversa na noite desta quinta-feira, 2, no