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O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, foi indiciado por estupro de vulnerável depois de ser flagrado em um vídeo abusando sexualmente de uma paciente durante a cesariana. O inquérito foi concluído nessa terça-feira (19/7) pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti (DEAM-SJM).
Como prevê o Código Penal, o crime tem previsão de reclusão de 8 a 15 anos por �??ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência�?�.
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A delegacia ouviu 19 pessoas na investigação, incluindo o autor e a vítima, marido, corpo técnico e médico e policiais.
Segundo o inquérito, o anestesista aplicou um medicamento durante sete vezes para sedar a gestante. Ele teria esperado apenas 50 segundos após o marido da vítima e o pediatra saírem da sala de cirurgia para estuprar a gestante.
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Foram feitas análises no material guardado pela equipe de enfermagem depois do estupro. De acordo com os depoimentos, Giovanni limpou o rosto da paciente e o próprio pênis com uma gaze, que foi jogada no lixo e, depois, recolhida pelos funcionários. O laudo do material não encontrou vertígios de sêmen.
�??Giovanni, ainda posicionado na direção do pescoço e da cabeça da paciente, iniciou, com o braço esquerdo curvado, movimentos lentos para frente e para trás; que pelo movimento e pela curvatura do braço, pareceu que estava segurando a cabeça da paciente em direção à sua região pélvica�?�, diz um dos termos de declaração.
Três cirurgias
O médico participou de três cirurgias no dia da prisão. Na primeira, as enfermeiras haviam estranhado o comportamento de Giovanni, que, com o capote, formava uma proteção que impedia que qualquer outra pessoa pudesse visualizar a paciente do pescoço para cima.
De acordo com os depoimentos de médicos e enfermeiros, os anestesistas se posicionam, normalmente, do lado oposto, permitindo que o restante da equipe veja o rosto da paciente.
A equipe solicitou a muldança de sala de parto para outro espaço, na qual seria possível filmar Giovanni sem que ele percebesse. Um celular foi escondido dentro de um armário de vidro escuro, com ângulo de visão direcionado ao ponto onde estaria o anestesista. A partir disso, foi possível vê-lo praticando o estupro.
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