Os sucessivos adiamentos não diminuíram a animação. Pelo contrário: aumentou a expectativa dos cerca de 15 mil fãs da banda norueguesa A-ha que veio a Salvador comemorar, com baianos e turistas, os 35 anos do seu álbum de estreia, Hunting Hugh and Low.
Everton Aguiar e Sandra Sousa são de Fortaleza e compraram os ingressos para o show lá em 2020, assim que a turnê foi anunciada. Foi o segundo show de cada um deles, que começaram a gostar da banda por influência da família e do entorno.
“Tinha um vizinho que colocava as músicas do A-ha e Dure Straits pra tocar tocar e eu adorava. Coloquei na cabeça que ia aprender a falar inglês pra entender o que estavam cantando ali e poder cantar tudo também”, disse orgulhoso e poliglota.
Sandra chegou a Salvador na última quinta (14) e fez acampamento na porta do Hotel Fasano e conseguiu tirar fotos com Morten Harket (vocalista), Magne Furuholmen (tecladista) e Paul Waaktaar (guitarrista). “Foi um momento muito emocionante. Sou muito fã, tenho tatuagem e o A-ha é tudo pra mim”, resumiu orgulhosa antes de apontar que sua expectativa para o show era que emocionasse e transformasse a vida das pessoas.
Sandra e Everton viajaram de Fortaleza a Salvador para acompanhar o show (Foto: Vinícius Nascimento/CORREIO) |
Foi o que pareceu ter acontecido para gente tipo o corretor Paulo Márcio Costa, 51, que não quis saber da recusa de esposa e filho em ir até a Arena Fonte Nova. Colocou sua camisa da banda e foi sozinho mesmo para relembrar momentos de sua juventude nos anos 1980.
“O A-Ha é isso. Anos 80 na veia, rock’n’roll. Fazia parte de um fã-clube no início dos anos 1990 que pressionou a produtora da época para traze-los aqui para Salvador e vieram para o antigo Centro de Convenções. Foi um show histórico, como hoje de novo”, afirmou.
O repertório teve sucessos como “Crying in the rain”, “Train of thought”, “Hunting high and low “, “The sun always shines on TV” e “Take on Me” – música mais famosa do grupo que emocionou novos e antigos admiradores.
Quem acompanhou a plateia, viu gente se emocionar, dançar e curtir sob uma lua cheia bonita que se colocou logo acima do estádio e o fez ir à loucura com o esforço de Magne Furuholmen para falar algumas saudações em português: obrigado e obrigada, olá para Salvador e até chamando para cantar junto.
Diretor comercial da Arena Fonte Nova, Alexandre Gonzaga comemorou o sucesso e receptividade, com o marco de ter um dos maiores públicos dessa turnê brasileira.
�??Desde que anunciamos o show do A-ha, a aceitação foi impressionante e tivemos ingressos esgotados rapidamente. Aumentamos a capacidade do local e novamente, tudo vendido. Isso mostra que Salvador tem total capacidade para estar na rota internacional de grandes apresentações, que movimentam o turismo e a economia�?�, afirmou.
Paulo Márcio Costa reviveu emoções que conheceu há 31 anos ao voltar a um show do A-Ha (Foto: Vinícius Nascimento/CORREIO) |
Para fãs como a administradora Solange Santana, 54, o final do show significou também um novo ciclo em sua semana, que foi marcada por insônia, ansiedade, expectativa e até pesadelo em que ela perdia os ingressos e não conseguia curtir o show.
A volta no tempo que fez durante as cerca de 2h de show a fizeram virar de chavinha e sonhar: com os momentos que viveu curtindo a banda preferida pela primeira vez e, por que não, com um próximo show num futuro não tão distante.
O A-ha continua em turnê no Brasil até o próximo dia 25 de julho. A sequência de shows conta com apresentações duas apresentações em São Paulo, além de shows únicos no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.
Em outubro, sai o novo álbum do grupo, True North, que já tem um single lançado nas plataformas de música, I’m In, e foi uma das canções tocadas para o público no show de Salvador.
Que você achou desse assunto?