Aro: ‘Quero ser uma ponte entre o governo do estado e o governo federal’

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Candidato ao Senado, o deputado federal Marcelo Aro (PP) diz querer ajudar na interlocução entre o governo mineiro e o Palácio do Planalto. Ele crê que pode auxiliar o estado a encontrar formas de refinanciar a dívida com a União, que está perto dos R$ 150 bilhões.

“Quero ser uma ponte entre o governo do estado e o governo federal. Acho que podemos renegociar a dívida”, disse, nessa quinta-feira (4/8), ao EM Entrevista, podcast de Política do Estado de Minas.

Aliado do governador Romeu Zema (Novo) e postulante a senador com o apoio dele, Aro é favorável ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visto como solução pela equipe econômica do Palácio Tiradentes para viabilizar um parcelamento do passivo. Apesar disso, é defensor do diálogo como saída complementar ao impasse.

“Um dos caminhos para resolver a dívida é a aprovação do RRF, porque conseguimos parcelar o débito. Mas, junto ao RRF, podemos oferecer mais alternativas”, disse. 

“Nosso maior problema, hoje, não é o futuro, mas o passado. Infelizmente, alguns dos últimos gestores que passaram por Minas não tiveram compromisso com o que era o certo a se fazer. Isso foi gerando uma dívida muito grande ao estado. Hoje, Minas deve muito à União. Temos que pagar essa dívida”, pontuou.

Recuperação Fiscal, STF e Assembleia

No mês passado, Minas Gerais recebeu aval do Ministério da Economia para começar os trâmites em prol do ingresso na Recuperação Fiscal. A entrada foi viabilizada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), porque a Assembleia Legislativa não votou o projeto que trata do tema.

A maioria dos deputados estaduais precisaria avalizar o ajuste fiscal, mas a ausência de consenso em torno do assunto no Legislativo mineiro impediu a votação do projeto de lei sobre o ingresso no RRF. Parlamentares contrários à Recuperação Fiscal sustentam que a resistência em votar o projeto tem relação com as contrapartidas do plano. Há temor por prejuízos a servidores e receio de desinvestimentos em políticas públicas.

“O RRF é fundamental, o primeiro passo. Depois, outros passos terão de ser pagos”, contrapôs Aro.

Assista à íntegra da entrevista com Marcelo Aro:

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