Do acidente à saudade: um ano sem Marília Mendonça

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O refrão da canção ‘Deprê’, de Marília Mendonça, traduz a saudade que os admiradores estão sentindo um ano após a morte da rainha da sofrência que, aos 26 anos, deixou o seu legado de talento e respeito nos corações dos brasileiros. 

Marília Dias Mendonça, filha de Ruth Moreira e mãe de Leo Huff, morreu no dia 5 de novembro de 2021, após sofrer um acidente de avião em Piedade de Caratinga, Minas Gerais, já perto do local do pouso. A cantora viajava para um show em Caratinga, perto de onde aconteceu a fatalidade.

Além de Marília, morreram o tio dela, Abicelí Silveira Dias Filho, o produtor baiano Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana (veja mais sobre a investigação do acidente abaixo).

Liderança absoluta no streaming
Mesmo após um ano da sua morte repentina, a artista ainda é a cantora mais escutada do Brasil no YouTube, ficando nas 42 das 43 semanas da plataforma entre os dias 21 e 27 de outubro. 

Já no Spotify, Marília conseguiu liderar o ranking das artistas mais ouvidas no Spotify em 2022, ficando 28 semanas na liderança do streaming e perdendo apenas para Henrique e Juliano entre maio e julho.

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), fez um levantamento sobre as músicas da cantora que mais tocaram nos últimos 10 anos no país. “Até você voltar” ficou em primeiro lugar, seguida de “Calma” e “Infiel”, em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Abriu portas para novas cantoras
Ainda em vida, Marília Mendonça fazia de tudo para ajudar outras mulheres que queriam entrar para o mundo do sertanejo. A artista se tornou a rainha do ritmo musical e, mesmo depois após sua partida, a cantora consegue ser referência para diversas novas artistas, como Ana Castela. 

Com apenas 18 anos, a jovem se tornou a ‘Boiadeira’ e já alcançou topos do Spotify. Além dela, Lauana Prado, Yasmin Santos e a veterana Paula Mattos estão entre as mais tocadas de 2022.

Importância da língua de sinais
Os fãs de Marília Mendonça recordaram que a artista, durante as lives na pandemia da covid-19, movimentou a indústria da música incluindo Língua Brasileira de Sinais (Libras). A famosa foi a primeira a usar Libras nas lives, abrindo portas para outros cantores que começaram a incluir intérpretes nos eventos de streaming.

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(Foto: Reprodução / YouTube)

Família abalada, porém, conformada
O quarto da cantora ainda continua o mesmo. O closet não foi mexido e as roupas que a artista estava usando no momento do acidente permanecem em um saco guardado pela mãe. Após 12 meses, o filho da artista já não pergunta mais com tanta frequência sobre a Marília, segundo Ruth Moreira, avó do menino. No entanto, a matriarca da família sente diariamente o impacto de ter perdido a filha tão cedo.

O irmão de Marília, João Gustavo, anunciou que iria ficar longe dos palcos por tempo indeterminado.  Depois que a artista morreu, o cantor se dedicou ao trabalho, mas compreendeu que precisava tratar do quadro de depressão, além de viver o luto. 

A guarda de Leo, filho de Marília, é compartilhada entre dona Ruth e o pai da criança, o sertanejo Murilo Huff. Ele continua morando na mansão da artista com a avó. Huff mora perto do filho, em Goiânia, e é presença constante na vida dele, em meio à agenda de shows.

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(Foto: Reprodução / Instagram)

Posicionamento político
Com as eleições de 2022, muitos fãs conseguiram resgatar diversos comentários e opiniões da artista durante as eleições de 2018. Ela foi contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e se posicionou contra o governo do chefe do executivo na época. 

“A gente não precisa desse retrocesso, eu sou uma mulher que batalhou bastante dentro do sertanejo para quebrar todo o preconceito de um mercado completamente machista”, disse a artista. 

Investigação do acidente
Doze meses depois e as investigações do acidente que matou a Rainha do Sertanejo ainda estão sem respostas. A artista faleceu após sofrer um politraumatismo, ferimento típico de quedas de grandes alturas, além de ter fraturado diversos ossos e os órgãos internos terem ficado comprometidos.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (4), que inicialmente não há uma conclusão para o motivo do acidente que ocasionou na morte da cantora juntamente com sua equipe, o tio dela, Abicelí Silveira Dias Filho, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

Outra informação é que não foram encontrados substâncias no corpo do copiloto que possa indicar algum problema de saúde, como remédios ou substâncias parecidas. Ainda na coletiva, eles informaram que um dos fatores é que ocorreu um choque entre a aeronave e a rede de energia elétrica. A polícia também espera o resultado do laudo para concluir as investigações. 

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