Concessionária em região de protestos é atacada com fogo e tiros no MT

Um grupo de pessoas armadas e encapuzadas invadiu um imóvel da concessionária que administra a rodovia BR-163 na região de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, na noite de sábado (19/11). Uma ambulância foi apedrejada e foi ateado fogo em um caminhão guincho.

O local fica na mesma região em que há vários pontos de bloqueios da rodovia por manifestantes que pedem por uma intervenção militar e são contra o resultado das eleições, em que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu.

Segundo testemunhas, as pessoas encapuzadas entraram atirando. “Pensei que era foguete. Mandou eu sair: “Sai! Corre! Correâ€, relatou um funcionário da concessionária em um vídeo publicado pelo veículo local Plantão TGA.

“Jogaram gasolina aqui em tudo. Atearam fogo em tudo. Vai explodir. Eu tô correndo. Bora vazarâ€, disse outro funcionário em um vídeo que mostra os estragos deixados pelo grupo de encapuzados. O aparelho de comunicação do local também foi danificado.

Novos bloqueios Os novos bloqueios contra o resultado das eleições que começaram na sexta-feira (18/11) são em menor quantidade que a primeira onda, na primeira semana após o segundo turno, e se concentram em Rondônia e Mato Grosso.

No caso do Mato Grosso, há 13 interdições, sendo três em Sorriso e duas em Lucas do Rio Verde, mesma região do ataque com tiros e fogo à concessionária.

Também é nessa região que está parte dos empresários que tiveram suas contas bloqueadas por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A justificativa é que eles estariam apoiando as manifestações por intervenção militar.

O Sindicato Rural de Sorriso, por exemplo, chegou a fazer uma nota em solidariedade aos empresários que apoiam a contestação dos resultados. Em grupos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), militantes justificam os novos bloqueios como uma resposta à decisão de Alexandre de Moraes.

A reportagem tentou contato com a Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e com a concessionária Rota do Oeste. O espaço segue aberto para manifestações.

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