A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, reforçou o pedido para que os gestores das unidades de saúde aumentem a testagem contra a Covid-19 em pessoas que apresentem sintomas. Segundo a gestora, a nova variante da doença — identificada como BQ.1 — ainda não foi detectada no DF, mas é necessário reforçar medidas de segurança.
Ao Metrópoles, Lucilene destacou que o atual cenário da Covid acende um alerta. “Temos um aumento no número de casos diagnosticados em 24h. Isso nos leva a buscar o aumento da testagem e da vacinaçãoâ€, diz. Ela reforçou que como a cidade recebe um fluxo de pessoas vindas de outras unidades da Federação, é preciso estar alerta.
Segundo Lucilene, no DF, há uma média de 280 mil testes prontos para serem aplicados. “A testagem é importante porque, quanto mais pessoas testamos, podemos fazer sequenciamento genômico e testar se há a nova variante circulandoâ€.
Em relação à nova variante, a secretária acredita que não há como prever a chegada dela, mas afirma que as medidas de prevenção são importantes para os grupos de risco. “Não há como a gente fazer uma previsão e estimar quando vai chegar e como vai chegar. Mas as pessoas transitam e podem estar levando o vÃrus.â€
“É importante ter na bolsa uma máscara. Idosos, pessoas com comorbidades, imunodeprimidos, e todos dos grupos de risco devem estar protegidos. A gente recomenda que isso seja uma decisão individual pensando no bem coletivo.â€
Quarta dose Lucilene também afirmou que não há previsão para ampliar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid para pessoas com menos de 35 anos. “Temos uma nota técnica do Ministério da Saúde onde eles não recomendam a redução da idade. Eles reforçam que mais vale ter uma cobertura nas faixas que já começaram o ciclo do que abaixar a faixa etáriaâ€, explica.
“Nós somos dependentes do ministério para que a gente faça a vacinação. Quando a gente fala estoque de vacina é o que temos na rede de frio. Hoje, temos: 29,6 mil de Janssen que é dose única; 2,4 mil de Pfizer para adultos; e 600 de Pfizer pediátrica. Sem contar o que está nas 118 salas de vacina espalhadas pelo DFâ€.
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Ela pediu que, quem ainda não completou o ciclo vacinal, que procure as salas de vacina. “Nesta mesma época do ano passado, fazÃamos 100 mil doses por semana. Hoje fazemos 5 mil por semana. Temos que ampliar a vacinação, porque a imunização previne o desenvolvimento de casos graves e de mortes pela doençaâ€, ressalta.
Segundo ela, até o fim desta semana, o DF deve receber mais doses de Pfizer adulta e pediátrica.
Vacinação futura Lucilene revela que, para 2023, o Ministério da Saúde está desenvolvendo uma vacina bivalente, ou seja, que proteja contra a Ômicron e contra a Sar-Cov-2 — variantes do novo coronavÃrus.
“A gente acredita que o ministério com o corpo técnico estuda a possibilidade dessa vacina fazer parte do calendário vacinal. A Covid é muito dinâmica, estamos aprendendo como ela se comporta no dia a dia.â€
Nesta quarta-feira (9/11), a taxa de transmissão da Covid chegou a 1,29 no DF. O valor aponta que um grupo de 100 pessoas é capaz de infectar outras 29. Quando está acima de 1, o Ãndice sugere que a pandemia está avançando.
Os dados constam no mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado apenas em dias úteis. Desde o inÃcio da crise sanitária, o DF registrou 843.665 casos e 11.832 mortes pela doença.
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