Coreia do Sul planeja discutir preocupações com políticas internacionais após documentos militares dos EUA vazarem

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Dossiês contêm detalhes sobre discussões internas entre as principais autoridades sul-coreanas sobre a pressão dos Estados Unidos para ajudar a fornecer armas para a Ucrânia

SAUL LOEB / AFP

joe biden e Yoon Suk-yeol

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o presidente dos EUA, Joe Biden, têm sido grandes aliados

O governo da Coreia do Sul tomou conhecimento do vazamento de vários documentos militares confidenciais dos Estados Unidos e planeja discutir algumas preocupações levantadas, disse uma autoridade presidencial sul-coreana no domingo, 9. Diversos documentos militares norte-americanos confidenciais foram publicados recentemente nas mídias sociais, oferecendo um instantâneo parcial de um mês da guerra na Ucrânia, disseram três autoridades dos EUA à Reuters na sexta-feira, 7, acrescentando que a Rússia ou elementos pró-Rússia provavelmente estão por trás do vazamento. A Reuters não conseguiu verificar a autenticidade dos documentos. O Departamento de Justiça dos EUA disse que está investigando o vazamento.

O New York Times informou no domingo que os documentos vazados contêm detalhes sobre discussões internas entre as principais autoridades sul-coreanas sobre a pressão dos EUA sobre o fiel aliado para ajudar a fornecer armas para a Ucrânia, e sua política de não fazê-lo. O jornal disse que a Coreia do Sul concordou em vender projéteis de artilharia para ajudar os Estados Unidos a reabastecer seus estoques, insistindo que o “usuário final” deveria ser o exército dos EUA. Mas, internamente, altos funcionários sul-coreanos temiam que os Estados Unidos os desviassem para a Ucrânia. “O relatório secreto foi baseado em sinais de inteligência, o que significa que os Estados Unidos estão espionando um de seus principais aliados na Ásia”, informou o New York Times.

A autoridade presidencial sul-coreana, falando a repórteres, se recusou a responder a perguntas sobre espionagem dos EUA ou a confirmar quaisquer detalhes dos documentos vazados. Questionado se a Coreia do Sul planejava apresentar um protesto ou exigir uma explicação dos Estados Unidos, o funcionário, que não quis ser identificado, disse que o governo revisaria precedentes e casos envolvendo outros países.

A Coréia do Sul assinou grandes acordos fornecendo centenas de tanques, aeronaves e outras armas para a Polônia, membro da OTAN, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Mas o presidente Yoon Suk Yeol disse que uma lei sul-coreana que proíbe o fornecimento de armas a países envolvidos em conflitos dificulta o envio de armas para a Ucrânia. A autoridade sul-coreana disse que não houve mudança na política sul-coreana. Yoon deve se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, em 26 de abril, durante uma visita de estado a Washington.

*Com informações da agência Reuters

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Mediado pelo TRT-BA, acordo do Carrefour pode beneficiar 720 trabalhadores demitidos após fechamento de lojas em Salvador

O  Centro de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA)  formalizou protocolo de intenção de transação que poderá alcançar 720 empregados que foram despedidos, em Salvador, após o fechamento de lojas do Grupo Carrefour Brasil. O protocolo foi formalizado após a atuação da juíza coordenadora, Mônica Sapucaia, como mediadora, contando com a co-mediação

Sánchez anuncia permanência no governo da Espanha após denúncias contra esposa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) que ficará no cargo. Sua permanência à frente do governo do país europeu foi posta em xeque após sua esposa tornar-se alvo de investigações, e o próprio premiê havia sugerido que poderia vir a renunciar. Após a instauração da investigação

Rompimento de barragem deixa mais de 40 mortos no Quênia

Pelo menos 45 pessoas morreram no rompimento de uma barragem em uma cidade de Nairóbi, capital do Quênia, no momento em que o país enfrenta chuvas torrenciais e mantém as escolas fechadas. “Até o momento, recuperamos 45 corpos da tragédia. A equipe no local está sobrecarregada, mas as buscas prosseguem”, declarou por telefone à AFP