Super Mario Bros. entrega o que promete, apesar da história ingênua

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Há filmes que entregam menos que prometem e há outros que superam as expectativas. Entre um e outro tipo, há ainda os que, sem pretensão, entregam exatamente aquilo que se espera. E é nessa terceira categoria que Super Mario Bros. – O Filme se encaixa. Pelo menos, quando falamos de dois grupos etários que são o alvo do longa: as crianças de hoje e os adultos que cresceram jogando as aventuras de Mario e Luigi, os protagonistas do longa de animação que estreia nesta quinta-feira (6) nos cinemas.

É bom saber que, se você não conhece nada do personagem nem foi um jogador de games entre os anos 80 e 90, provavelmente, não vai se divertir muito, porque o filme está repleto de referências aos jogos e ao mundo de Mario. A sensação que se tem é de que os jogos da Nintendo foram literalmente transportados para a tela dos cinemas, com a diferença que o fã não pode controlar os personagens.

E isso, ao mesmo tempo, é bom e ruim: bom porque, como já foi dito acima, vai deleitar os fãs de viodeogame e as crianças de hoje. Mas tem o lado ruim: o roteirista Matthew Fogel (o mesmo de Minions 2 e Uma Aventura Lego 2) estava tão preocupado em entregar um filme para fãs que não esqueceu de criar uma história minimamente excitante. Em relação à trama, preferiu o óbvio e é aí que o filme erra.

Resumidamente, a história é a seguinte: os irmãos Mario e Luigi formam uma dupla de encanadores desastrados de Nova Iorque e, enquanto tentam bancar os heróis salvando a cidade de uma inundação, vão parar acidentalmente num mundo paralelo, onde acabam se envolvendo numa batalha entre o Reino do Cogumelo – liderado pela princesa Peach – e os Koopas, sob liderança do terrível  Bowser – que, por sinal, revela-se um romântico piegas apaixonado pela mocinha do filme.

Referências
É quase certo que nenhuma referência aos jogos ficou de fora: as músicas, os sons característicos dos personagens, uma corrida de carrinhos que remete ao delicioso game Super Mario Kart… tudo está lá. Numa corrida a pé apressada por Nova Iorque, os irmãos saltam latas de lixo e passam por operários trabalhando em obras como se estivessem dentro do jogo. Tem até uma piadinha divertida sobre aquele velho – e, provavelmente, inócuo – hábito de soprar cartuchos para ver se funcionam (essa, só os jogadores das antigas vão entender).

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O cogumelo Toad e a princesa Peach

O show de cores – que, apesar dos exageros, cabe bem na proposta do filme – também dá a sensação de estar em um jogo do personagem. E aqui chegamos a um ponto importante: a exibição em 3D certamente faz a diferença. A sessão a que o CORREIO compareceu não foi com o uso desse recurso e, tudo indica, nesse caso parece ter feito muita falta. Portanto, mesmo que seja mais caro que o ingresso em 2D, vale fazer um esforço, para desfrutar do filme como ele merece. Se outras produções dispensavam o uso dos óculos, aqui parece essencial para ter uma experiência completa e mais divertida.

E, se você tem na lembrança aquele fiasco que foi o live action baseado em Super Mario, de 1993, pode ficar tranquilo, porque a animação é muito melhor. Ok, é verdade que a comparação não vale muito, já que aquele filme costuma ser apontado como uma das piores adaptações de games da história, se não a pior. Com a nova animação, pelo menos, você não corre risco de sair irritado do cinema, ao contrário daquela experiência anterior.

Na aventura que chega nesta quinta-feira aos cinemas, ao menos, há carisma de sobra dos personagens e uma boa sensação de nostalgia despertada até pela trilha sonora, que tem A-Ha (Take on Me) e Bonnie Tyler (Holding Out for a Hero). Atenção especial para a Luma (uma personagem em forma de estrela) deprê, que vive se queixando de tudo. Foi uma das personagens que mais divertiu a plateia na sessão para jornalistas.

Em cartaz: UCI Shopping da Bahia, Barra e Paralela; Cinépolis Salvador Norte, Bela Vista e Parque Shopping Bahia; Cinemark Salvador Shopping

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