A família de uma criança de apenas 3 anos, que luta contra um câncer, briga na Justiça para que a menina tenha acesso gratuito a um medicamento de alto custo. O tratamento com o remédio chamado Qarziba pode custar mais de 2 milhões por ano. A medicação aumenta a chance de sobrevivência de que sofrem com a doença. De acordo com os familiares da pequena Laís Alves de Andrade, a Defensoria Pública da União (DPU) aprovou a compra do remédio e solicitou que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) adquirisse a substância, mas a pasta teria se recusado a concluir o procedimento.
Laís Alves foi diagnosticada em julho de 2022 com neuroblastoma, um câncer infantil que surge nas glândulas adrenais e atinge diversas partes do corpo. Desde então, cada dia é uma nova batalha pela vida. No fim de julho, a pequena começou a passar por quimioterapia, e apesar de ser um procedimento extremamente invasivo, os resultados foram imediatos.
Em outubro de 2022, após o fim do quinto ciclo do tratamento, Laís precisava realizar o tratamento com o Qarziba, que encerra o ciclo, mas até hoje não conseguiu. O custo da medicação é alto e, por essa razão, a família da criança fez o pedido ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Os parentes também procuraram soluções alternativas e fizeram uma vaquinha para a arrecadação de fundos, mas não conseguiram obter o valor necessário.
Após 7 meses de espera, a Defensoria Pública da União autorizou a compra pelo SUS, mas outro empecilho surgiu. “A Laís precisa iniciar o tratamento com a medicação até o dia 23 de julho e nós já conseguimos autorização da Defensoria Pública, mas a Secretaria de Saúde está se recusando a realizar a compra”, conta Anita Alves, tia da criança.
O tempo está passando e, mesmo com a melhora de Laís, a luta para completar o ciclo do tratamento continua, de acordo com Anita. “Nós lutamos e continuamos lutando contra o tempo. A Laís é como uma filha para mim, e temos fé que vamos conseguir, não podemos correr o risco do câncer voltar”.
Anita conta que, mesmo vivendo um drama, Laís não perde a alegria de viver. “Mesmo depois de tudo que ela passou, ela continua sendo uma criança super alegre”, relata. “Ela quer ser médica e, quando vai ao hospital, sempre anima as outras crianças que também estão doentes, falando que vai ficar tudo bem. Ela tem um coração imenso”, complementa.
Para ajudar no tratamento da Laís, clique neste link.
Até a última atualização deste texto a Secretaria de Saúde não havia respondido aos questionamentos. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
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