Os cinco seguranças suspeitos de agressão contra o casal no estacionamento do Carrefour, em Salvador, foram denunciados à Justiça pelo crime de tortura. A denúncia foi feita na segunda-feira (5) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Os suspeitos não haviam sido presos até a noite da quarta-feira (7). Mais informações da denúncia não podem ser divulgadas, uma vez que o processo corre sob sigilo.
As agressões ocorreram no estacionamento da unidade do Carrefour que funciona como Big Bompreço, em São Cristóvão, em Salvador, no dia 5 de maio.
Relembre o caso
O momento das agressões foi filmado pelos próprios seguranças, que compartilharam em redes sociais, após o casal ter, supostamente, furtado pacotes de leite. No vídeo, a pessoa que filma agride no rosto mulher, que segura uma mochila com os pacotes. Além disso, o homem fica rendido ao chão recebe tapas também no rosto.
Sete seguranças teriam se aproximado do casal quando eles chegaram no estacionamento do supermercado. Seis estavam sem uniforme e, entre eles, um era mais agressivo que os outros. O rapaz identificou alguns deles como Da Paz, Lázaro, Gilson e Lucas. Além de terem sido agredidos e humilhados no estacionamento, o casal foi levado para um local dentro do estabelecimento, onde foram mais agredidos, antes de serem liberados.
O estado de saúde da mulher não foi informado no depoimento dado por Jeremias Capistrano durante a denúncia, mas segundo o jovem, ele estaria com uma marca na perna em decorrência de um golpe com uma barra de ferro. Ele também afirma ter recebido murros na cabeça, costela, chutes e arranhões no mesmo. Além disso, foi chamado de “viado”, “preto”, xingado e questionado se “já viu preto usar tatuagem”. Após o ocorrido, o casal mudou de bairro.
No fim do mês de maio, a defesa dos dois agredidos chegou a acordos extrajudiciais com a rede de supermercados. À época, a rede informou ao CORREIO que “assumiu a responsabilidade junto às vítimas, que ofereceu suporte para cobrir a alimentação da mulher e “outras despesas essenciais ao Jeremias”.
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