Após anunciar Fernando Diniz como técnico interino da seleção nesta terça-feira (4), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ednaldo Rodrigues confirmou que conta com o italiano Carlo Ancelotti para comandar a seleção no próximo ano.
Em uma conversa informal com jornalistas após o anúncio de Diniz, o presidente falou sobre o que levou a confederação a escolher o técnico do Fluminense e deixou escapar que Ancelotti deve assumir a seleção na Copa América de 2024.
– Ele passou por vários clubes tendo a mesma filosofia de jogo, sem ficar mudando. Sempre teve o mesmo método e gostei muito pela renovação que ele fez, das aplicações táticas. Então, é um treinador que realmente a proposta de jogo dele é quase parecida também com a do treinador que assumirá a partir da Copa América, o Ancelotti. Tem quase o mesmo tipo de proposta de jogo – afirmou o presidente da CBF.
Diniz fala como técnico da seleção
Técnico do Fluminense, Diniz foi até a CBF ao fim da tarde desta terça, acompanhado do presidente Mario Bittencourt e do diretor Paulo Angioni, para fechar o acordo com a entidade e assinar o contrato.
– É um sonho para qualquer um, uma honra, um orgulho enorme poder prestar serviço a seleção. De fato é uma convocação, ainda mais do jeito que aconteceu, com um trabalho conjunto da CBF com o próprio Fluminense. Eu tenho convicção de que a gente tem tem tudo aí para levar isso adiante e fazer que dê certo – afirmou o técnico.
Quem vai ser o próximo treinador da seleção brasileira?
Desde a última data Fifa, quando o Brasil foi dirigido por Ramón Menezes, a CBF passou a considerar como fechado o acordo com o italiano Carlo Ancelotti para o próximo ciclo de Copa do Mundo. Na Europa, os dirigentes se encontraram com o treinador. O entrave é o contrato com o Real Madrid, que só termina em 2024.
Ele não deve rescindir com o clube espanhol. Desse modo, só pode assinar um novo vínculo, como pré-contrato, seis meses antes do fim do vínculo atual — ou seja, em janeiro do próximo ano, quando já poderá ser feito o anúncio da contratação.
A espera foi muito criticada por torcedores e jornalistas. Em uma enquete realizada pelo Superesportes nas redes sociais, 78% dos torcedores opinaram que ele é o nome certo para a seleção. Já Galvão Bueno foi crítico, especialmente diante da derrota no amistoso contra Senegal. “A Seleção Brasileira não pode passar pela humilhação de esperar mais de 1 ano por um técnico!! Isso é absurdo!!”, disse.
Em sua coluna no Superesportes, Maurício Noriega, apontou que a decisão de contratar o italiano é fruto do “desespero” brasileiro em busca do seu sexto título mundial.
– Ao optar por Ancelotti e aceitar uma espera de uma temporada para que ele assuma efetivamente o cargo (se tudo for confirmado, é claro), a CBF está rompendo com o modelo de futebol historicamente praticado no Brasil. A entidade, que criou um curso de treinadores com o intuito de mostrar que o futebol praticado pelos brasileiros no Brasil é atualizado e moderno, desmerece o próprio produto com essa mudança de rumo – escreveu.
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