‘Nunca vi tanto ódio’: repórter canadense foi espancado em área de conflito

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Um jornalista canadense, uma antropóloga e um engenheiro florestal foram agredidos por homens encapuzados, em uma área de conflito fundiário entre indígenas e fazendeiros, em Iguatemi (MS). Apesar da sequência de agressões, eles conseguiram fugir do local de carro.

 

De acordo com reportagem do UOL, cerca de 30 homens encapuzados bloquearam com caminhonetes a estrada por onde os três seguiam para acompanhar a retomada de um território, na quarta-feira (22). Eles iriam verificar se haveria violência contra os indígenas. Os homens, que estavam armados, passaram a agredi-los.

 

O jornalista canadense Renaud Philippe, 39, foi derrubado e espancado a chutes no chão, segundo o boletim de ocorrência ao qual o UOL teve acesso. Parte dos cabelos dele foi arrancada com uma faca por um dos agressores, de acordo com o registro.

 

A antropóloga brasileira Ana Carolina Porto, 38, esposa de Renaud, disse ter sido ameaçada por uma faca. O engenheiro florestal Renato Farac Galata, 41, também contou ter sido agredido.

 

Os agressores retiraram os pertences do grupo e se afastaram para verificar o que eles tinham. Foi nesse momento que o trio entrou no veículo e conseguiu fugir do local. Eles foram submetidos a exame de corpo de delito e prestaram depoimento na delegacia.

 

O jornalista canadense Renaud Philippe e a antropóloga brasileira Ana Carolina Porto têm relatado, há dois anos, casos de violência sofridos pelo povo indígena guarani-kaiowa. Os registros foram feitos em áreas de conflito no Paraná e no Mato Grosso do Sul.

 

Eles haviam se deslocado para acompanhar a situação envolvendo os indígenas no interior do Mato Grosso do Sul quatro dias antes das agressões. “Nós iríamos cobrir uma assembleia do povo guarani-kaiowa quando ficamos sabendo que haveria uma retomada de território. Mas não iríamos ao local sem a presença da Força Nacional”, contou a antropóloga. Eles foram interceptados antes de chegar ao local ou de verificar a presença da Força Nacional. 

 

“No nosso projeto, já coletamos relatos de assassinatos, de pessoas feridas a tiros e casos de violência física ou psicológica. Mas nunca imaginamos que isso aconteceria com a gente”, completou Ana Carolina. 

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

MPF diz que Petrobras lançou água não tratada no mar por três anos

Uma apuração do Ministério Público Federal (MPF) apontou que a Petrobras lançou água não tratada no mar por cerca de três anos. O MPF abriu um inquérito na semana passada para detalhar a investigação. As apurações começaram a partir de multas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à

Colo-Colo acerta com atacante para a Série B

O Colo-Colo de Ilhéus anunciou, no último sábado (4), a contratação do atacante Nael Oliveira, visando a disputa da Série B do Campeonato Baiano.            View this post on Instagram                       A post shared by Colo-Colo de Futebol e Regatas (@colocolofroficial)  

Motociclista é preso trafegando na BR 324 com CNH falsa

Um motociclista flagrado com uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsificada, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no km 620 da BR 324, em Salvador.  De acordo com a PRF, o condutor de uma Honda/NXR 160 tentou passar pela fiscalização na manhã da última quinta-feira (2), quando uma equipe abordou a moto. Os policiais