Lula chama França de ‘protecionista’ e critica fala de Macron contra acordo entre Mercosul e UE

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a fala de Emmanuel Macron, líder da França, que declarou neste sábado, 2, que é contra o acordo entre Mercosul e União Europeia. O petista qualificou os franceses como ‘protecionista’, e disse que a posição do Macron não é a mesma que a do bloco europeu. “É um direito dele. Cada país tem o direito de ter uma posição. Eu acho que é um direito dele ter uma posição. Eu acho que a França é o país mais duro de fazer acordo porque a França é mais protecionista. Não é a mesma posição da União Europeia, que pensa outra coisa”, declarou Lula à imprensa nos corredores da COP28 em Dubai. O francês, que disse que o acordo não é bom para ninguém, justificou sua oposição pelo fato de se tratar de um acordo obsoleto, apesar de ele próprio, em 2019 e após duas décadas de negociações, ter dado sinal verde para que pudesse finalmente ser apresentado para ratificação dos Estados-membros da UE. “Trata-se de um acordo completamente contraditório ao que o Brasil está fazendo e ao que nós estamos fazendo. O acordo foi negociado há 20 anos e tentamos remendá-lo, de uma forma ruim, porque não leva em conta a biodiversidade ou o clima”, declarou.

Em discussão há anos, o acordo entre Mercosul e União Europeia vinha dando sinais de que pudesse ser firmado definitivamente. Inclusive, na sexta, durante a COP28, conferência das mudanças climáticas, que está sendo realizada em Dubai, o líder brasileiro disse que os blocos estavam “próximos de fechar” um acordo de livre-comércio, sobre o qual a cúpula do bloco vai se concentrar na quinta-feira. “Estamos próximos de fechar esse acordo, que vai beneficiar nossos países”, escreveu Lula na rede X, o antigo Twitter. Na COP 28, Lula manteve encontros separados com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, que celebrou nesta mesma rede social a reunião mantida com Lula “para dar impulso político ao acordo”, que será um passo “histórico” e “permitirá reforçar projetos estratégicos em energias renováveis, hidrogênio verde, luta contra o desmatamento e transição digital”. No entanto, a oposição de Macron, joga um balde de água fria nos cálculos da Comissão Europeia e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinham esperanças em ratificar o acordo até o final deste ano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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