O líder da oposição na Venezuela denunciou um atentado e fez um apelo por intervenção internacional após reportar o desaparecimento de seu chefe de segurança. Maria Corina Machado afirmou ter sido vítima de um ataque em Barquisimeto, estado de Lara, durante a madrugada. Em suas redes sociais, ela relatou: “Nossos carros foram vandalizados e a mangueira de freio foi cortada. Agentes do regime nos seguiram desde Portuguesa e cercaram o local onde estávamos hospedados.” Machado compartilhou um vídeo nas redes sociais narrando o ocorrido.
Um relatório da ONG Acesso à Justiça revelou que a Venezuela teve 46 detenções arbitrárias este ano, a maioria envolvendo ativistas opositores e comerciantes. Essas prisões ocorreram durante a campanha presidencial e foram motivadas por questões políticas. Em um comício, Maduro alertou sobre a possibilidade de um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não seja reeleito, enfatizando a importância de sua vitória para evitar tais cenários. Edmundo González, candidato da Plataforma Unitária Democrática, e Maduro são os favoritos para vencer as eleições, enquanto outros oito candidatos têm chances remotas.
A inabilitação política na Venezuela é aplicada em casos de sentença judicial definitiva por atos puníveis, porém críticos apontam que tem sido usada como uma ferramenta política. Perkins Rocha, da equipe jurídica de González, denunciou a detenção de oito pessoas ligadas à oposição, incluindo a proprietária do veículo usado por Maria Corina e Edmundo González em um evento. O diplomata Edmundo González Urrutia, candidato de consenso da oposição, pediu a intervenção da comunidade internacional diante dos acontecimentos.
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*Publicado por Sarah Américo*
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