Pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, o Brasil terá a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, representando o país na cerimônia de abertura em Paris, em vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cerimônia está marcada para esta sexta-feira, dia 26.
Tradicionalmente, o chefe de Estado do Brasil ou o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) representam o país nas aberturas olímpicas. Lula esteve presente nas cerimônias de abertura de duas Olimpíadas: em Atenas, Grécia, 2004 e Pequim, China, 2008.
Lula comunicou ao presidente francês, Emmanuel Macron, que está com compromissos e não poderá comparecer aos Jogos. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que é o próximo na linha de sucessão presidencial, não foi escolhido pelo presidente para substituí-lo em Paris.
Segundo o COB, o representante do Brasil nas delegações olímpicas é designado pelo Palácio do Planalto. Dessa forma, como Lula não irá, ele poderia indicar outra pessoa para representá-lo. Ele tinha a opção de escolher Janja, Geraldo Alckmin ou outro membro do governo brasileiro.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) requer que o COB e outras organizações olímpicas nacionais enviem os nomes dos chefes de Estado que vão representar seus países nos Jogos.
A presença de primeiras-damas como representantes de Estado nas Olimpíadas não é incomum. Na sexta-feira, Jill Biden, esposa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estará presente. Em Tóquio, 2021, ela liderou a delegação americana, seguindo a tradição iniciada por Michelle Obama nas Olimpíadas de 2012.
Em Pequim, 2008, a rainha consorte da Espanha Sofia representou o governo espanhol. Na mesma edição, a então primeira-dama da África do Sul Zanele Mbeki foi a chefe de Estado do país.
Janja recebeu credencial fora do prazo
Janja obteve a credencial fora do prazo estipulado pelo COI para envio dos nomes dos chefes de Estado. Sendo assim, o COB emitiu o documento de forma excepcional.
Em uma entrevista à imprensa internacional, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que Janja será bem-vinda e estará presente no evento esportivo. Brigitte Macron, primeira-dama da França, também mencionou sua relação de amizade com a socióloga.
O jornal Estadão tentou obter mais informações sobre os acessos que Janja terá com a credencial junto ao Palácio do Planalto e ao Ministério dos Esportes, mas até a publicação deste texto, não recebeu retorno. O espaço permanece aberto para atualizações.

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