Ao menos seis candidatos a vereador em capitais brasileiras registraram-se utilizando o nome Bolsonaro em suas candidaturas. No entanto, nenhum deles possui o sobrenome do ex-presidente ou qualquer ligação familiar com a família Bolsonaro.
Não há uma previsão legal que proíba os candidatos de usar o sobrenome do ex-presidente. A Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral não têm um entendimento nacional consolidado sobre o assunto. Procuradores entendem que o uso do sobrenome do ex-presidente poderia levar as pessoas ao erro.
Um exemplo desses candidatos é Joany Dote Bolsonaro, de Campo Grande, Mato Grosso, cujo nome verdadeiro é Joany da Silva. Ela é candidata pelo Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente.
Em Boa Vista, Roraima, encontramos Delson Bolsonaro, cujo nome de registro é Valdeilson da Silva. Em Aracaju, pelo Avante, temos o candidato Bolsonaro Sergipano, cujo nome verdadeiro é Francisco de Olinda de Assis.
Todos os candidatos mencionados aguardam a aprovação de seus registros de candidatura. Este cenário se repete das eleições de 2022, quando 37 pessoas solicitaram candidaturas adotando o nome Bolsonaro. Nem todas, entretanto, foram autorizadas pela Justiça.
Em alguns casos, a interpretação foi de que o sobrenome poderia causar confusões sobre a real identidade do candidato, o que é vedado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, o próprio filho do ex-presidente está sendo investigado pelo MPE por usar o nome do pai.
Registrado como Jair Bolsonaro, o filho mais jovem do presidente concorre a vereador em Balneário Camboriú com o nome “Jair Bolsonaro”. Analistas políticos apontam que isso pode causar confusão quanto à sua identidade real.
O candidato, conhecido como Jair Renan Valle Bolsonaro, poderá ser obrigado a mudar o nome de candidatura conforme decisão judicial. Em relação a essa ação, o ex-presidente afirmou que seu filho está sendo perseguido. Jair Bolsonaro chegou a fazer piada com a situação: “o nome do moleque é esse mesmo”.

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